Darkwing Duck (NES)

domingo, 23 de junho de 2013 Postado por Tristan.ccm



Gênero: Plataforma


Fabricante: Capcom


Lançamento: 1992


Jogadores: 1 player






Eu sou o terror que voa na noite
Eu sou o fantasma emplumado que assombra seus pesadelos
Eu sou Darkwing Duck!

A galerinha mais nova certamente não vai se lembrar dessa clássica introdução que o atrapalhado herói Darkwing Duck fazia antes de entrar em ação. Afinal em 1992 muitos por aqui nem tinham nascido... Também, quem mandou o Tristan ser tão velho? Bom, mas quem vai a um Museum não pode querer ver novidades, logo vamos ao que interessa:

Darkwing Duck é um "spin-off" de Ducktales, que mostra as aventuras de Drake Mallard, um pato da cidade de Saint Canard que combate o crime ao melhor estilo Batman, ou seja, utilizando muitas bugigangas e habilidade (ou falta dela, no caso). Ele tem a ajuda de sua filha Gosalyn (ao contrário do pai é bem esperta e pensa antes de agir) e do piloto Capitão Bóing (aqui ele parece ter aprendido a aterrissar), vindo diretamente de Ducktales. No game, Darkwing tem a ajuda também de J. Gander Hooter, o líder de uma agência secreta chamada S.H.U.S.H. (sátira à famosa S.H.I.E.L.D. da Marvel) que lhe dá itens em fases de bônus.

O jogo é de plataforma e é da Capcom, logo pode esperar um design de fases primoroso, no nível dos Megaman de 8 bits. E por falar no robozinho, a jogabilidade é bem parecida com a dos primeiros jogos do Blue Bomber, onde Darkwing tem um controle perfeito enquanto pula e atira nos inimigos. Ele também troca de arma via Select, porém não pode carregar mais de uma arma extra (uma delas, uma flecha que gruda em paredes, lembra muito os desentupidores de Quackshot), além de oferecer escolha de fases. Só que Darkwing tem algumas habilidades que Megaman adoraria, como a de se agachar pra escapar de projéteis inimigos ou um gancho pra se pendurar em plataformas.

Outra coisa que Darkwing copiou de Megaman é a dificuldade. Eita joguinho difícil! Darkwing tem muito pouca vida, e levar uma porrada em alguns momentos pode te ferrar pelo resto da fase. Os chefes também são difíceis, mas são bem criativos e são os mesmos que aparecem no desenho, como Pato-Planta, Bico de Aço (sátira ao famoso Jaws da série 007) e Patoringa (adivinhem em quem ele foi inspirado?).

Entre tantos sucessos que a parceria entre Disney e Capcom gerou, Darkwing Duck acabou ficando meio que esquecido, ainda mais por ser inspirado numa série não tão famosa. Mas é um grande jogo de plataforma, ainda mais pra um cara que, como eu, adora Megaman. Mas o tempo lhe deu o respeito que ele merece, pois é um grande jogo e mais um exemplo de como tratar um console em fim de carreira.


NOTA FINAL: 9,0
DARKWING DUCK É UM DAQUELES JOGOS QUE ACABARAM PASSANDO DESPERCEBIDOS EM SUA ÉPOCA, MAS FOI REDIMIDO PELA EMULAÇÃO. UM DOS GRANDES JOGOS DA DESPEDIDA DO NES.
Plataforma:


Plantão Museum dos Games: PS4 por US$ 399 no Brasil?!?

domingo, 16 de junho de 2013 Postado por Azrael_I

Está no ar mais um Plantão do Museum dos Games!

Semana passada, em entrevista à Revista Veja concedida logo após a E3, o CEO Jack Tretton da Sony Computer Entertainment of America  revelou detalhes sobre o lançamento do Playstation 4, explicando o porquê de o PS4 ser chamado de "dispositivo para games" (não vai mais rodar filmes nem acessar a Internet? Calma, não é nada disso, leiam a entrevista que ele explica...), as expectativas com a Guerra dos Consoles, alguns detalhes sobre o acessório Move (o "Kinect da Sony", por assim dizer) entre outras coisas. Entretanto, o que mais chamou a atenção da comunidade foi um comentário de Tretton a respeito da venda do PS4 no Brasil:



"Nossa meta é oferecer no Brasil o PlayStation 4 pelo equivalente a 399 dólares."


Sonha, meu filho!

Não precisa nem dizer o quanto isso já virou piada por aqui né? A Sony é conhecida por suas estratégias comerciais, afinal um dos grandes responsáveis pela vitória do Playstation sobre o Saturn foi justamente o preço inicial no mercado americano (PS a US$ 299 contra Saturn a US$ 399; coincidentemente ou não, o novo Xbox One foi anunciado a US$ 499 na E3), e o próprio Jack Tretton se mostrou bastante interessado no mercado consumidor. PORÉM... estamos no Brasil, país conhecido nacional e internacionalmente por seus impostos, tanto pela quantidade quanto pelo valor abusivo (o próprio Treton sabe disso). Acho louvável a iniciativa de quererem vender o PS4 a um preço equivalente ao do mercado americano (sairia por cerca de 800 reais, na cotação atual do dólar), mas vamos e venhamos, um Playstation 4 a R$ 800,00? Nesta semana mesmo, na loja da Sony, o Playstation 3 nacional (ou seja, fabricado aqui) custava R$ 1099,00 na promoção! Das duas uma, ou as peças do PS4 são importadas direto do Paraguai ou só se cobrarem APENAS o imposto...  Seria bom se o PS4 fosse lançado no Dia do Jogo Justo promovido pela Acigames, era capaz do custo do console ser ZERO! Não quero fazer piada com um assunto tão sério (aliás, nem precisa), mas fico só imaginando no que nossos políticos estão pensando em fazer quando o PS4 chegar aqui...




Prehistorik Man (SNES)

sexta-feira, 7 de junho de 2013 Postado por P.A.

Gênero: Plataforma


Fabricante: Titus Software


Lançamento: 1995


Jogadores: 1 player


Prehistorik Man é um jogo de plataforma 2D típico da época dos 8-16 bits. Apesar de não se intitular, ele é o terceiro da série - outros dois anteriores foram lançados pros computadores Amiga e apenas quatro pessoas na Terra devem ter jogado. Infelizmente, jogos de plataforma eram feitos aos montes nesse tempo e era preciso muita competência pra se destacar em meio a multidão. Será que nosso herói Sam conseguiu esse feito? Vamos conferir...

Winter is coming... Sim, o inverno estava chegando e os habitantes de uma pacata vila jurássica haviam estocado muita comida pra essa época difícil. O problema é que numa noite qualquer, lagartos/dinossauros vieram e conseguiram roubar TODA a comida da vila. No dia seguinte, os moradores acordaram e perceberam a desgraça que havia se abatido sobre eles. Famintos e sem Nescal Cereal, resolveram partir pra recuperar o que era deles por direito. O chefe da vila, um velho resmungão e pai de uma loira gostosa, resolve dar a missão de resgatar a comida ao corajoso herói Sam. Caso seja bem sucedido na sua missão, além de recuperar a comida e salvar todos da fome, ainda poderá encaixar o lego com a filha do chefe. Como ele é um gordinho faminto e tarado, Sam aceita a missão e assim começa nossa aventura.

Inicialmente, Prehistorik Man parece ser mais um jogo de plataforma onde você começa da esquerda e vai saltando plataformas até chegar na direita. Mas não é bem isso. PM (abreviei porque cansei de ficar escrevendo o nome do jogo à todo momento), faz com que o jogador saia da rota tradicional pra buscar itens fundamentais pro seu progresso. Em determinadas fases você deverá buscar itens pra poder avançar e seguir pro próximo level. E nem adianta chegar ao final da fase sem ter encontrado o item, pois você vai ter que voltar a fase e vasculhar até encontrar.
A jogabilidade de PM é que frustra um pouco. Assim como todo herói de jogos de plataforma; Sam corre, pula e ataca com sua clava. Além do básico, Sam ainda pode dar um grito que acaba com todos os inimigos da tela (exceto chefes), mas é preciso esperar a barra no canto superior carregar pra poder gritar. O problema é que parece que alguém passou manteiga nos pés de Sam, de tanto que ele escorrega. E vocês sabem que personagens que deslizam demais em jogos com plataformas se tornam irritantes. Pior ainda é quando você tem que subir nas aranhas espalhadas pelas fases... Isso sem contar também o fato que quando Sam vem correndo e bate numa parede, ele volta de costas, sujeito à tombos ou esbarrões em inimigos próximos.      
Além do fato da busca por itens, PM também tenta inovar no fato de que nosso herói pode utilizar diversos itens especiais feitos pelo inventor da vila. E devo lhes dizer que todos falham miseravelmente na sua função. Ao invés de facilitar a vida do jogador, todos são ruins e falhos em sua execução. Tem uma asa delta horrível de se controlar, pois é chato se acostumar com o movimento necessário pra fazer ela voar. Um pula-pula (que me lembrou muito aquele do Yo-Noid!) e é tão ruim quanto a asa delta de se controlar e uma espécie de monociclo que é o menos ruim.
Como dito anteriormente, o objetivo de Sam é recuperar toda a comida que foi roubada. A comida está espalhada pelas fases e você deve ir coletando; tem hambúrguer, batata frita, sorvete, gelo em cubo (?) e muitas outras coisas típicas da pré-história. No fim de cada fase, o ancião da vila conta a porcentagem de comida que você conseguiu recuperar, e isso não afeta em nada no jogo. Se você pegar 5% ou 100%, vai dar na mesma . Só serve mesmo pra pontuar e pra massagear seu ego.

Graficamente falando PM faz um excelente trabalho. Seus gráficos são muito bem trabalhados. Cenários dos mais variados tipos, muito coloridos e caprichados; todos os cenários com fundos muito bonitos. Os sprites dos personagens também são muito bem feitos, principalmente do nosso herói. Sam é engraçado e faz caretas pras mais variadas ações... Segurem o direcional pra baixo e caminhem pra ver a cara de louco faminto que ele faz.
A trilha sonora acompanha a qualidade gráfica. O jogo é cheio de músicas animadas e divertidas, num tom cômico, pra manter o espírito descontraído do jogo e do personagem. Os efeitos sonoros também são bem bacanas.  

A dificuldade do jogo vai aumentando gradativamente, mas a jogabilidade faz com que coisas simples se tornem complicadas e você certamente irá sofrer com as derrapadas de Sam pelos cenários. E se você quiser ver o final do jogo, terá que jogar no NORMAL, já que no EASY o jogo é mais curto (tem menos fases) e não tem final.
Prehistorik Man foi lançado no mesmo ano pra Game Boy e anos mais tarde a versão de SNES foi portada pra Game Boy Advance e recentemente pra Nintendo DS.

Estranhamente, na capa do jogo o personagem está de tênis e óculos escuros, coisa que não acontece em momento algum durante o jogo. Vai entender!


NOTA FINAL: 7,5
PREHISTORIK MAN É UM JOGO DIVERTIDO COM UM PERSONAGEM CÔMICO. E APESAR DE  TER ALGUNS PONTOS INOVADORES, NÃO CONSEGUIU MUITO DESTAQUE NO MEIO DE TANTOS OUTROS JOGOS DO GÊNERO. VALE A PENA CONFERIR, MAS NÃO ESPERE MUITO DELE.
Plataforma: