A Evolução dos Games - FPS

quinta-feira, 5 de novembro de 2009 Postado por Tristan.ccm

O gênero FPS, conhecido por aqui como "Tiro em Primeira Pessoa", recebe diversas críticas. Desde os que o consideram um tiroteio sem sentido aos que acham que ele pode transformar aquele moleque pacato num psicopata, o que não falta é gente contrário a esses jogos. Mas quem gosta sabe que isso é pura lenda. Não é porque aqueles estudantes americanos que saem atirando em todo mundo e depois se matam gostavam de jogar Doom que a culpa é do jogo. Aliás, melhor atirar em monstros alienígenas que naquele seu vizinho mala, não acham? (pelomenos ninguém vai querer te prender por isso!). Esses jogos começaram bem simples, e hoje alcançaram status de verdadeiros simuladores de guerra, a ponto de serem usados pelo exército americano no treinamento de soldados. Vejamos como esse gênero caminhou através dos anos:


1- Wolfenstein 3D (1992 - PC)





O pai do gênero já tinha coisas que os games de hoje exploram: Segunda Guerra Mundial, armas diferentes para escolher (inclusive a sempre poderosa faquinha), portas que precisam ser destrancadas e inimigos que reagem a seus atos (podem estar distraídos, mas basta um tiro seu para eles começarem a atirar). Além disso, o fato de matar humanos introduziu a primeira polêmica do gênero será que meu filho vai virar um bandido se jogar isso?

2- Doom (1993 - PC)





Matar pessoas é reprovável? Tá bom, então vamos matar demônios marcianos. Sanguinolento e com uma trilha sonora matadora, Doom foi um divisor de águas, popularizando o gênero FPS e introduzindo algumas novidades: além de ter áreas mais claras ou escuras, agora cada arma tem a sua munição específica (inclusive a histórica 12!). Uma boa idéia que permite mandar bala com as armas poderosas e ainda assim não ficar apenas na faquinha se ela esvaziar.

3- Star Wars: Dark Forces (1995 - PC)





George Lucas, que não é bobo nem nada, viu que o FPS tinha vindo para ficar e decidiu que sua mina de ouro comportava um game do gênero. A novidade aqui eram as vozes digitalizadas dos Stormtroopers, um capítulo à parte e que se tornaria regra. Se não bastasse, era mais uma história paralela para o deleite dos fãs de Star Wars. Pena que, dentre tantas armas, podiam ter colocado um sabre de luz como "faquinha básica".

4- Duke Nukem 3D (1996 - PC)





Se o politicamente correto não combina com FPS (viu, Nintendo?), então nada melhor que um jogo do gênero estrelado por um herói desbocado e mulherengo. Mas a maior contribuição de Duke ao gênero foi dar mobilidade à cabeça do personagem. Sim, agora podemos olhar pra cima antes de subir numa plataforma ou olhar para baixo e evitar inimigos que estejam num nível inferior ao nosso. Isso deixa o jogo um pouco mais difícil, mas quem está reclamando?

5- Quake (1996 - PC)





A novidade desse jogo é que agora poderíamos matar humanos. Como assim, tio Tristan? Em Wolf 3D os inimigos não eram pessoas? Certo, mas aqui seus inimigos podem ser outros jogadores! Multiplayer e FPS entraram numa lua de mel que dura até hoje e está longe de acabar!

6- Goldeneye 007 (1997 - N64)





Antes desse jogo, achava-se que o lugar de um shooter era na tela de um PC. Espremer um game como esse num cartucho foi um feito e tanto, palmas para a Nintendo. Mas o mais legal é que, em meio a tantas bat-bugigangas à disposição do sr. Bond, uma delas se tornaria presença obrigatória: o fuzil Sniper! Nada melhor que derrubar um inimigo a centenas de metros de distância.

7- Medal of Honor (1999 - PSX)





Segunda Guerra Mundial, a inesgotável fonte na qual a maioria dos shooters bebe. Talvez isso fosse diferente, caso esse jogo não tivesse ficado tão bom! Medal of Honor foi um dos primeiros jogos a fazer com que o jogador se sinta realmente na pele de um soldado aliado, com sua qualidade gráfica e jogabilidade perfeitas.

8- Counter-Strike (2000 - PC)





Um jogo criado por fãs e para os fãs desse gênero. Se hoje é mais fácil achar uma lan-house do que um boteco, agradeça a CS, que há quase 10 anos é sinônimo de jogo multiplayer, e ainda por cima alavancou os games à categoria de um verdadeiro esporte virtual.

9- Halo (2001 - Xbox)





Cinco anos depois, surge um sucessor para Duke Nukem na categoria "personagem-símbolo do gênero": Master Chief. O soldado futurístico praticamente carregou o primeiro console da Microsoft nas costas, e sem dúvida é um dos maiores trunfos na guerra que Bill Gates move contra a Sony pela supremacia nas vendas de games.

10- Metroid Prime (2002 - GameCube)





Até mesmo a gatíssima Samus Aran aderiu ao FPS. Depois de anos pulando em plataformas, a loira mostrou que ainda tinha (e tem) muita lenha pra queimar. Aqui não temos um monte de armas diferentes (e nem é preciso, pois a bazuca presa ao braço e o chicote elétrico já bastam), mas a movimentação ganhou e muito com a "bolinha" que faz Sonic se sentir um coitado! Uma série que reinventou Metroid, mostrando aos jogadores que, assim como os vilões, os heróis podem ressurgir ainda mais poderosos.

11- Call of Duty 4: Modern Warfare (2007 - PC)




Depois de anos na Segunda Guerra, a Activision finalmente se tocou que a galera já tava de saco cheio de fuzilar nazistas e decidiu explorar a guerra moderna. Ótima escolha, afinal nem só de Hitler e de alienígenas vive o FPS. São jogos como esse que estão sendo usados pelo exército americano para treinar seus soldados, pois tentam ser o mais realistas possível.

12- Resistance: Fall of Man (2006 - PS3)





Uma das maiores novidades do gênero e talvez a última chance do PS3 derrotar o X360, Resistance tem tudo o que seus antecessores tinham: várias armas, alienígenas, mira caprichada... Ou seja, é no momento o ápice do FPS. Resta saber se o gênero alcançou finalmente seu máximo ou ainda tem mais novidade vindo por aí.


14 comments:

O Homem Invisivel! disse...

Cara! POR QUE NÃO COLOCOU HALF LIFE NA LISTA? FOI UM GRANDE MARCO NA HISTÓRIA DOS FPS!!!

Cosmão disse...

Faltou aí Half Life e Bioshock, mas a lista ficou bacana.

P.A. disse...

Call of Duty 4! \o/

Achei que poderia ter citado Crysis... Gráficos fantásticos, com boa jogabilidade e sacada da armadura!

Naton disse...

Belo post.

Os gráficos de Doom eram impressionantes pra época...

Frederico Albano disse...

Muito bom o post, parabéns Tristan.
Essa é uma das melhores séries do blog, sem dúvida.

Só esqueceu de falar também sobre a revolução do N64 com o formato do controle e o fato de atirar com o botão Z que dava a impressão de segurar uma arma!
E o também sobre o multiplayer do Goldeneye que era sensacional e dava pra jogar até 4 pessoas. xD

Cpt.Guapo disse...

Boa a matéria, Tristan, mas cadê o Blood, meu filho? Duke Bukem é do caralho, mas Blood é melhor!

Anônimo disse...

Concordo com tudo mas cadê o Half-life cara? foi o primeiro Fps a ter uma historia digna

Sabat disse...

Lindo post véio!!! Muito bom mesmo!!!! De Golden Eye pra traz joguei tudo, inclusive joguei Wolfensteim 3D inteirinho num pc 386 sem placa de som e procurando ao máximo os secretos do game, que eram muitos!!

Metroid Prime é uma aula de jogo em primeira pessoa também, daqueles que mostra que FPS não é só tiro desvairado e decerebrado pra todo lado! Tenho o 1 e o 2, e são fantásticos!

Aproveitando amigo, ja to te seguindo no Feed e ja adicionei o bannerzinho no Retroplayers! E de quebra ja te twittei também, muito bão esse post!

Muita sorte ae com o Museum ^^

P.A. disse...

Opa, valeu aew Sabat!

Seu banner foi add...

Sucesso pra todo mundo! o/

Rafael Rocha disse...

Pra mim a evolução chegou ao ápice no 6. =B

Icewarp disse...

Mas que belo post :)

Um jogo importante para o FPS também foi o Battlefield, o primeiro a inserir controle decente de veículos, terra, ceu, mar.

Abraços

Ghosturbo disse...

Eu entrei aqui para falar que faltou Half-Life, mas parece que tem gente que já reclamou isso, mas mesmo assim muito bom.

Bone disse...

Se conter striker for a evolução eu não sei o que é regresso!

Tonskiy disse...

http://gamesedition.com/

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