F-Zero (SNES)

domingo, 23 de maio de 2010 Postado por Azrael_I

Gênero: Corrida


Fabricante:
Nintendo


Lançamento:
1990


Jogadores: 1 player


F-Zero foi um jogo de corrida revolucionário para seu tempo, não apenas por usar uma espéice de nave no lugar de carros, mas por estes veículos atingirem a velocidade de mais de 500Km/h no jogo, tornando este um dos jogos de corrida mais rápidos da história. Além disso, o visual do jogo foi uma das coisas que mais o marcaram na época.

Diferente de outros jogos do gênero, F-Zero tem não apenas uma história bem elaborada, mas todo um background para todos os personagens do jogo (claro que ajuda o fato do jogo só ter quatro personagens...); um gibi de oito páginas vinha junto com o manual deste jogo, contando esta história. A história de F-Zero se passa no ano de 2560; nessa época, multibilionários criaram uma nova forma de entretenimento baseada nas corridas de Fórmula 1, e foi assim que surgiu o campeonato F-Zero, no qual existem muitos objetivos e possibilidades nas corridas; sobreviver e vencer são alguns desses. O herói da história é o piloto Capitain Falcon (Douglas Jay Falcon), posição que ele ocupa em quase todos os jogos da série. Inicialmente, Falcon iria ser o herói da nova geração de consoles, como personagem principal do Super Nintendo (queriam colocar o cara no lugar do Mario!), mas acabou sendo deixado meio que de lado nesse quesito. Ele é também o personagem principal do anime de F-Zero (sim, existiu um!), mas no anime o nome Capitain Falcon é um título usado por personagens diferentes ao longo da história. Na história do jogo F-Zero, Falcon é um exímio piloto de F-Zero (sua máquina é a Blue Falcon), além de um grande caçador de recompensas; esta vida acabou por lhe dar grande fama no circuito, além de muitos inimigos, forçando-o a viver em seu próprio conjunto de ilhas (onde ele treina em pistas particulares, construídas nas ilhas). O piloto futurista reflete o tipo de "bom herói", primando pelo cumprimento das regras dentro do campeonato e, muitas vezes, combatendo os vilões e trapaceiros que procuram quebrá-las, como é o caso do caçador de recompensas Samurai Goroh, o que lhe dá ainda mais inimigos na história. Além de Falcon, são ainda apresentadas as histórias do Dr. Robert Stweart (piloto da máquina Golden Fox), Pico (máquina Wild Goose) e Samuraih Goroh (máquina Fire Stingray), este último o grande rival de Capitain Falcon neste jogo.

No jogo existem apenas quatro máquinas disponíveis para os jogadores, cada uma com características próprias, mas similares (existem mais máquinas, controladas pelo computador, feitas de forma similar). Todas as máquinas são uma espécie de "hovercraft de corrida" (chamados de "Hovercarros" ou "Hovercars") que correm - ou melhor, flutuam -  numa pista cercada de armadilhas. O objetivo é superar os oponentes até a linha de chegada (como em qualquer jogo de corrida que se preze), evitando as armadilhas que variam desde minas, trechos escorregadios, buracos e a própria beirada eletrificada da pista. Os hovercars possuem uma barra de energia, que diminui à medida que leva dano (se chegar a zero, a máquina explode); para ajudar, existem certos trechos da pista onde é possível recarregar a energia (num esquema parecido com o de Top Gear 3000, em que era necessário passar em cima de algumas faixas na pista para reabastecer o combustível). Existe um total de quinze pistas, divididas em três "Ligas": Jack league, Queen League e King League, uma mais difícil que a outra, e cada corrida consiste em cinco voltas em torno da pista. Pra cada volta completada, o jogador ganha um boost de velocidade (o tradicional nitro de outros jogos de corrida, aqui chamado Super Jet). A jogabilidade também é interessante; além das várias opções, a corrida em alta velocidade consegue prender bem a atenção do jogador.

Como não poderia deixar de ser, um jogo tão bom tinha que ter uma trilha sonora boa, e F-Zero capricha em suas músicas. Várias delas viraram clássicas (como Mute City e Big Blue) e fazem qualquer um se lembrar do jogo na hora ao escutá-las. Marcante também é o som dos veículos, que obviamente não têm som de carros normais, mas um som de nave mesmo. A única coisa que não ficou muito boa foi o som das explosões, que parece artificial demais até para um jogo futurista.

Os gráficos estão impressionantes, ainda mais para a época; é possível distinguir muitos detalhes nos cenários, mas principalmente nos carros, cada um com detalhes milimétricos! É quase como ver carros 3D num mundo semi-3D (principalmente nas cenas que acontecem após vencer uma corrida)... As pistas são bem grandes e bastante variadas (embora algumas sejam apenas uma leve variação de outras, como Mute City 2 que é variação de Mute City). É verdade também, entretanto, que alguns detalhes ficaram meio toscos, como os gráficos das explosões (não das explosões em si, mas dos cenários durante as explosões, que acabam parecendo serem feitos de papel, principalmente a pista). Os carros do computador também não têm muita variação no design, o único que se diferencia é o carro explosivo. F-Zero foi também um dos primeiros jogos a usarem o Mode 7; este Mode 7 era um simples modo gráfico de mapeamento de textura que permite uma camada de background seja rotacionada e distorcida. Ao modificar a escala e posionamento da camada, um simples efeito de perspectiva pode ser aplicado, transformando a camada num plano de textura horizontal bidimensional que "troca" a altura pela profundidade. Assim, consegue-se uma impressão de gráficos tri-dimensionais. O estilo de renderização Mode 7 é geralmente usado em sistemas com capacidades pesadas de 2D mas sem suporte dedicado a 3D. Este modo foi mais tarde utilizado em jogos como Chrono Trigger, Final Fantasy VI, Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars, Super Mario Kart, Pilotwings e muitos outros. Este efeito seria usado também nos remakes dos jogos de Snes feitos para GBA, Virtual Console, Nintendo DS e outros.

F-Zero não chegou a causar uma revolução no mundo dos games, entretanto ele teve um papel muito importante: numa época que jogos de corrida estavam perdendo a popularidade, F-Zero foi o responsável por chamar de novo a atenção para esse tipo de game, e mais importante, abrir caminho para os jogos da próxima geração (Daytona USA e a série Wipeout foram alguns desses). Depois de F-Zero, os jogos de corrida nunca mais seriam os mesmos, como veremos em suas continuações...


NOTA FINAL: 8,5
UM JOGO IMPORTANTE PARA SUA GERAÇÃO, FOI PIONEIRO EM MOSTRAR A CAPACIDADE GRÁFICA E SONORA DO SNES. DIVERTIDO, COM CORRIDAS ALUCINANTES, SÓ É PENA QUE NÃO TINHA UM MODO VERSUS.
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5 comments:

Erik Aguiar disse...

Belo review. F-zero é um dos melhores games de corrida do SNES sendo um dos que mais joguei. Apesar de ter poucas fases, o jogo no modo hard é dificil pra caramba véi, talvez por isso eu curta tanto este game.

Juliana disse...

Que divertido!! Adoro jogar esse tipo de coisa com meu irmão, mas o unico jogo do qual me dou bem é de corrida, adoro! rs
Vc curte quadrinhos? Achei umas capas bem legais de Hqs depois da reforma da panini com a marvel, acho que estão bem melhores, com foco no conteúdo:

http://www.mythoseditora.com/panini/imprensa/capas05_2010/Marvel/
beijosss

Tristan.ccm disse...

o único que se diferencia é o carro explosivo(que inclusive fez parte do Top 10: Os Inimigos Mais Irritantes dos Jogos, aqui do Museum)


O.o Num lembro disso não, Azrael. Tá dorgado filho?

Unknown disse...

Putz, fail meu Tristan! Esse carro bomba tá no top da Old Games Zine, não no nosso...

Sirlon Araújo disse...

F-Zero. Está ae um game de corrida maravilhoso! Até hoje fico impressionado com os efeitos Mode 7 de F-Zero no Super Nintendo! Game de respeito!!
Ficaria lindo em modo Multi-player.

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