A Evolução dos Games: Castlevania (2)
Parte 2: A Evolução
Vamo que vamo, que a história é longa e ainda tem muito Castlevania pra se falar...
Era 32/64 Bits
O jogo mais importante da série para os tempos atuais foi lançado nesta Era, mas o jogo que quase fez Castlevania afundar também... a Era 32 Bits é uma das mais marcantes para Castlevania, com muitas novidades (boas e ruins) que modificaram bastante a história, a aparência e o estilo dos jogos clássicos da série, principalmente a estreia do estilo de jogo chamado pelos fãs de "Metroidivania" (este estilo também é chamado de Castleroid), uma vez que o sistema de jogo é muito parecido com o de Super Metroid (pegar itens, evolução de atributos do personagem, troca de armas, inventário, mapa das fases etc.), além de finalmente termos Castlevania em 3D. Porém, de certa forma, esta Era foi também um "resgate" de certos temas e personagens clássicos dos jogos mais antigos, misturando o que era melhor das antigas eras com o que havia de mais novo; esta Era foi o maior divisor de águas na série, uma Era bem longa para Castlevania, com muitos jogos e uma série de boas experiências, para sorte dos fãs.
Castlevania: Symphony of the Night/ Nocturne at the Moonlight (Playstation e Saturn)
Talvez seja o jogo mais importante da série, pois foi responsável por dar um novo "gás" a Castlevania, atraindo mais jogadores; muitos dos jogadores com menos de vinte anos só passaram a se interessar pelos jogos anteriores após jogar Symphony. Symphony resgatou o que havia de melhor nos Castlevania 2 e 3 e misturou com novos gráficos, sons e tecnologia para criar o infame "Metroidivania"; é até hoje uma das maiores referências da série (o jogo que todo mundo conhece ou ouviu falar) e também é um dos Castlevania mais vendidos de todos os tempos.
Características:
- Primeiro Castlevania de Playstation;
- Qualidade gráfica e sonora superior (segundo alguns, o melhor Castlevania 2D nestes quesitos), com muitos detalhes em 2D e 3D;
- Primeiro a ser estrelado por um personagem diferente do "carinha do chicote";
- Estreia do sistema "Metroidivania", que passaria a ser quase obrigatório nos jogos seguintes;
- Possibilidade de mudanças de armas, roupas, acessórios, itens e armas secundárias;
- Primeiro Castlevania com uma música cantada (pena ser uma música tão bisonhanadaavercomojogo...);
- Estreia de MUITOS chefes e personagens, como o Bibliotecário e Succubus;
- Muitas referências a jogos anteriores, como personagens, inimigos e itens (isto viria a ser um padrão adotado nos jogos seguintes);
- MUITOS bugs;
- Primeiro a ter um inventário bem trabalhado, além de um bestiário (arquivo com os detalhes dos monstros e oponentes);
- Popularização do personagem Alucard (muita gente até hoje acha que este foi o primeiro game do Adrian Farenheight Tepes vulgo Dracula Júnior...);
- Estreia de Ayami Kojima como Character Designer (desenhista de personagens);
- Estreia de Koji "Iga" Igarashi como assistente de produção do jogo;
- Retorno de Michiru Yamane à equipe de produção, que junto com Iga e Ayami formaram aquele que é considerado o "melhor time responsável pela produção de Castlevania";
- É o Castlevania mais fácil de todos os tempos!
Observação: a versão para Saturn contou com algumas mudanças significativas:
- Lançada apenas no Japão;
- Complemento de partes da versão de Playstation que ficaram inacabadas, além de conserto dos bugs;
- Fases extras;
- Possibilidade de uso de Maria como personagem jogável(desta vez adulta);
- Possibilidade de escolha de personagens no começo do jogo.
Castlevania Legends (Game Boy)
E quem diria que o Game Boy ainda respirava! Castlevania Legends mostrou que 8 Bits em preto e branco ainda eram capazes de muita coisa (embora tenha decepcionado um pouco os fãs de Symphony, que queriam algo parecido). O jogo é um meio-termo entre os dois primeiros Castlevanias de GB, com gráficos que lembram o primeiro, e jogabilidade semelhante ao segundo; ele foi criado para ser o primeiro jogo da cronologia que iria ser lançada, mostrando a mãe de Trevor Belmont e a origem do clã; infelizmente, Koji Igarashi tinha outros planos...
Características:
- Primeiro Castlevania a ser estrelado por uma mulher (Sonia Belmont);
- História interessante;
- Cenas em CG impressionantemente bem feitas, dadas as limitações gráficas do Game Boy;
- Em vez das Armas Sagradas (no game Sonia recolhe essas armas pela primeira vez para que seus descendentes as usem, segundo a história), novos poderes para Sonia, além do chicote com poderes iguais aos dois jogos de Game Boy anteriores;
- O quarto jogo a ser removido da cronologia, e também o que os fãs mais reclamaram, acusando Iga de preconceito e machismo, uma vez que Legends teria sido excluído simplesmente por mostrar uma Belmont mulher como protagonista e matriarca da família de caçadores. O próprio Iga se retratou, dizendo que isto não tinha nada a ver, e que foi justamente o Castlevania que ele mais lamentou remover da cronologia, mas que ficaria complicado encaixá-lo na história que iria ser lançada com Lament of Innocence.
Castlevania (Nintendo 64)
De longe, os dois jogos (este e sua sequência/prequel) menos queridos da série (pra não dizer mais odiados!), perdendo apenas para Castlevania Judgement e Adventure em popularidade ruim... os dois jogos de Nintendo 64 tentaram trazer inovações (entre elas a maior, de um jogo completamente em 3D), mas elas não foram bem aceitas pelo público. A maioria dos poucos fãs até dizem que o melhor é ver os jogos como se não fossem Castlevanias... O jogo sofreu muitas modificações na fase de pré-produção (como remoção dos personagens Carmilla, que seria um dos chefes e Cornell, que só apareceria no jogo seguinte), e preferiram lançar uma versão modificada, mais simples do que os produtores idealizavam, com um "carinha do chicote" como protagonista (detalhe que Reinhardt Schneider era para ser um Belmont, batizado inicialmente de Schneider Belmont, mas isto foi mudado na fase final do projeto) para atender às definições da série. O jogo não agradou muito, principalmente por causa dos movimentos da câmera (aliado à péssima jogabilidade gerada pelo Joystick desgraçado do Nintendo 64), e o site Game Revolution chegou ao ponto de declarar que isto quase arruinou o jogo.
Características:
- Primeiro jogo da série a ser completamente em 3D (o que, aliás, é considerado justamente o fator menos querido de ambos os jogos de N64...);
- Primeiro a ter três níveis de dificuldade;
- Músicas bem orquestradas, ainda que numa mídia em cartucho;
- Retorno do sistema de Castlevania II: Simon's Quest, com alternância entre dia e noite e inventário com itens;
- Estreia dos personagens Carrie Fernandez, Reihardt Schneider, Malus, Charles Vincent, Actrise, Renon e Rosa;
- Ambos os jogos de Nintendo 64 foram considerados fora da cronologia, segundo Iga porque foram criados inicialmente para não serem parte dela (embora todo mundo saiba que foi por causa da má fama deles...).
Castlevania Legacy of Darkness (Nintendo 64)
No mesmo ano foi finalmente lançada a versão "completa" do Castlevania de Nintendo 64, com mais personagens, mais fases e um ajuste melhor da câmera. Mesmo assim, apesar da popularidade do personagem Cornell, o jogo não teve uma receptividade tão alta, pois os fãs acharam que era meramente "mais do mesmo"; a verdade é que Legacy of Darkness é considerada uma "Special Edition" de Castlevania 64 pelos próprios produtores do jogo.
Características:
- Estreia dos personagens Cornell, Ada, Ortega, Giles de Rais (baseado num assassino serial da vida real) e Henry Oldrey;
- Melhoria nos movimentos de câmera e jogabilidade em relação ao jogo anterior;
- Fases e chefes extras;
- Suporte ao Expansion Pak, o que possibilitou melhorias gráficas e sonoras consideráveis em relação ao jogo anterior;
- Ligeiramente mais fácil que Castlevania 64;
- Três Castlevanias em um: o jogo original de 64 (mas com as mudanças da nova versão), um prequel (o jogo com Cornell) e uma sequência (com Henry)!
- Embora tenha sido oficialmente removido da cronologia por Iga, muitos jogos posteriores fazem menção a Castlevania Legacy of Darkness como um jogo canônico (Cornell, inclusive, volta a ser um personagem jogável);
- Ganhou no Guiness os recordes de "Most Games in an Action Adventure Series", "Largest Number of Platforms for One Series", e "Longest Castlevania Title"!!! Três dos sete recordes mundiais que a franquia Castlevania abocanhou na edição especial Guinness World Records: Gamer's Edition 2008!
Observação Pessoal.: Não sei se ficou muito claro, mas eu SOU um fã dos Castlevanias de 64, e muito lamento o quanto esses jogos são detestados pelos fãs mais céticos.
Castlevania X68000/Chronicles (Sharp X68000 e Playstation)
O segundo Castlevania de Playstation não foi inicialmente lançado para o console, e sim para um computador chamado Sharp X68000 (apenas no Japão, pra variar). E pra variar foi também um remake do Castlevania original... a diferença maior é que a versão de Playstation foi que mudou o visual de Simon Belmont, de um Conan-loiro-com-chicote para um Conan-ruivo-japonês-com-chicote... justamente por ser um "mero" remake do primeiro Castlevania, ele acabou não caindo nas graças dos fãs, que queriam mais um Castlevania no estilo de Symphony of the Night.
Características:
- Primeiro (e único) Castlevania de Sharp X68000;
- Novas versões para músicas clássicas da série (com arranjo melhor no Playstation);
- Novas fases em relação ao Castlevania original;
- Primeiro Castlevania com ambivalência: a versão de Playstation podia ser jogada com as modificações feitas para o console ou exatamente como a versão original de Sharp 68000;
- Retorno da desenhista Ayami Kojima, que foi responsável por alguns dos characters design mais famosos (principalmente no jogo anterior).
Castlevania Circle of the Moon (Game Boy Advanced)
O primeiro jogo para GBA sofreu uma forte influência de Symphony of the Night; entretanto, havia também várias diferenças, e os gráficos meio escurecidos tornavam o jogo meio ruim de ser jogado na telinha do GBA (até lançarem a tela com iluminação, mas já era tarde para Circle).
Características:
- Primeiro Castlevania de GBA;
- Retorno do sistema "Metroidivania", tornando-o praticamente o padrão dos jogos seguintes;
- Estreia dos personagens Nathan Graves, Hugh Baldwin e Morris Baldwin;
- Sistema de poderes bem interessante, baseado em combinações de cartas que davam novos poderes ao personagem e ao chicote;
- Ausência de um vendedor de itens (maior reclamação dos jogadores);
- Um dos Castlevanias que saíram da cronologia, segundo Koji Igarashi porque ele havia sido inicialmente produzido para não ser oficial (ou então porque seria difícil encaixar sua história na cronologia...);
- Gráficos belos mas muito escuros para a tela do GBA e sprites pequenos.
Castlevania Harmony of Dissonance (Game Boy Advanced)
O jogo que marcou a estreia de Koji Igarashi como produtor oficial da série (após anos como assistente) foi recebido com muito entusiasmo, e apesar de vender bem no começo, acabou perdendo popularidade pouco a pouco, foi o que também marcou o lançamento da cronologia oficial (para satisfação de alguns e desespero de outros, principalmente os fãs de Sonia Belmont). Embora também seja divertido de jogar, é relativamente fácil demais, e tem o som bem ruim, pois usa apenas o canal de 8 Bits do GBA (mas com qualidade ainda pior que os jogos de Nes e Game Boy).
Características:
- Sistema de poderes interessante, que nunca mais foi aproveitado em um personagem Belmont;
- Exploração árdua e demorada das fases (dois castelos, como em Symphony, uma das coisas que os fãs mais reclamaram fazer falta em Circle of the Moon) e retorno da loja de itens (que também fazia falta);
- Gráficos bons, melhores que Circle of the Moon;
- Estreia dos personagens Juste Belmont, Lydie Erlanger e Maxim Kischine;
- Músicas e sons HORRÍVEIS, marcando este como o Castlevania com a pior qualidade sonora;
- O jogo muitas vezes parece ser uma mera cópia "ligeiramente" piorada de Symphony of the Night, como se estivessem desesperados pra que fizesse sucesso (o personagem Juste Belmont, inclusive, é um "Alucard depois de fazer chapinha"...).
Castlevania Aria of Sorrow (Game Boy Advanced)
Os fãs são unânimes: este é o MELHOR Castlevania de GBA, sendo considerado por muitos como o sucessor moral de Symphony of the Night. É também o primeiro Castlevania a se passar numa era futura, felizmente sem alterar o clima da série.
Características:
- Sistema de poderes muito bom, que foi reaproveitado em outros jogos, baseado em parte nos poderes de Alucard;
- Estreia dos personagens Julius Belmont, Soma Cruz, Mina Hakuba, Yoko Belnades, Hammer, Graham Jones, Chaos e Genya Arykado (no caso deste, não foi bem uma "estreia"...);
- Gráficos, sons e jogabilidade superiores aos dois antecessores de GBA, aproveitando o máximo do potencial do portátil;
- Muitas revelações sobre o futuro e o passado da cronologia de Castlevania;
- Primeiro Castlevania em que é possível controlar Drácula! (mais ou menos...)
- Retorno das qualidades de Symphony, como o inventário, o bestiário (Harmony of Dissonance tinha, mas não era tão bem feito) e o sistema de jogo;
- Notavelmente, é o Castlevania da Era 32 Bits que fez menos referências aos jogos antigos.
E aqui encerro a segunda parte deste especial. Novamente eu acabei deixando alguns jogos importantes de lado (principalmente remakes)... Mas ainda não é o fim da série! Na terceira e última parte deste especial, finalmente irei falar dos Castlevanias mais recentes, inclusive dos 3D que foram bem aceitos. Até lá!
Vamo que vamo, que a história é longa e ainda tem muito Castlevania pra se falar...
Era 32/64 Bits
O jogo mais importante da série para os tempos atuais foi lançado nesta Era, mas o jogo que quase fez Castlevania afundar também... a Era 32 Bits é uma das mais marcantes para Castlevania, com muitas novidades (boas e ruins) que modificaram bastante a história, a aparência e o estilo dos jogos clássicos da série, principalmente a estreia do estilo de jogo chamado pelos fãs de "Metroidivania" (este estilo também é chamado de Castleroid), uma vez que o sistema de jogo é muito parecido com o de Super Metroid (pegar itens, evolução de atributos do personagem, troca de armas, inventário, mapa das fases etc.), além de finalmente termos Castlevania em 3D. Porém, de certa forma, esta Era foi também um "resgate" de certos temas e personagens clássicos dos jogos mais antigos, misturando o que era melhor das antigas eras com o que havia de mais novo; esta Era foi o maior divisor de águas na série, uma Era bem longa para Castlevania, com muitos jogos e uma série de boas experiências, para sorte dos fãs.
Castlevania: Symphony of the Night/ Nocturne at the Moonlight (Playstation e Saturn)
Talvez seja o jogo mais importante da série, pois foi responsável por dar um novo "gás" a Castlevania, atraindo mais jogadores; muitos dos jogadores com menos de vinte anos só passaram a se interessar pelos jogos anteriores após jogar Symphony. Symphony resgatou o que havia de melhor nos Castlevania 2 e 3 e misturou com novos gráficos, sons e tecnologia para criar o infame "Metroidivania"; é até hoje uma das maiores referências da série (o jogo que todo mundo conhece ou ouviu falar) e também é um dos Castlevania mais vendidos de todos os tempos.
Características:
- Primeiro Castlevania de Playstation;
- Qualidade gráfica e sonora superior (segundo alguns, o melhor Castlevania 2D nestes quesitos), com muitos detalhes em 2D e 3D;
- Primeiro a ser estrelado por um personagem diferente do "carinha do chicote";
- Estreia do sistema "Metroidivania", que passaria a ser quase obrigatório nos jogos seguintes;
- Possibilidade de mudanças de armas, roupas, acessórios, itens e armas secundárias;
- Primeiro Castlevania com uma música cantada (pena ser uma música tão bisonhanadaavercomojogo...);
- Estreia de MUITOS chefes e personagens, como o Bibliotecário e Succubus;
- Muitas referências a jogos anteriores, como personagens, inimigos e itens (isto viria a ser um padrão adotado nos jogos seguintes);
- MUITOS bugs;
- Primeiro a ter um inventário bem trabalhado, além de um bestiário (arquivo com os detalhes dos monstros e oponentes);
- Popularização do personagem Alucard (muita gente até hoje acha que este foi o primeiro game do Adrian Farenheight Tepes vulgo Dracula Júnior...);
- Estreia de Ayami Kojima como Character Designer (desenhista de personagens);
- Estreia de Koji "Iga" Igarashi como assistente de produção do jogo;
- Retorno de Michiru Yamane à equipe de produção, que junto com Iga e Ayami formaram aquele que é considerado o "melhor time responsável pela produção de Castlevania";
- É o Castlevania mais fácil de todos os tempos!
Observação: a versão para Saturn contou com algumas mudanças significativas:
- Lançada apenas no Japão;
- Complemento de partes da versão de Playstation que ficaram inacabadas, além de conserto dos bugs;
- Fases extras;
- Possibilidade de uso de Maria como personagem jogável(desta vez adulta);
- Possibilidade de escolha de personagens no começo do jogo.
Castlevania Legends (Game Boy)
E quem diria que o Game Boy ainda respirava! Castlevania Legends mostrou que 8 Bits em preto e branco ainda eram capazes de muita coisa (embora tenha decepcionado um pouco os fãs de Symphony, que queriam algo parecido). O jogo é um meio-termo entre os dois primeiros Castlevanias de GB, com gráficos que lembram o primeiro, e jogabilidade semelhante ao segundo; ele foi criado para ser o primeiro jogo da cronologia que iria ser lançada, mostrando a mãe de Trevor Belmont e a origem do clã; infelizmente, Koji Igarashi tinha outros planos...
Características:
- Primeiro Castlevania a ser estrelado por uma mulher (Sonia Belmont);
- História interessante;
- Cenas em CG impressionantemente bem feitas, dadas as limitações gráficas do Game Boy;
- Em vez das Armas Sagradas (no game Sonia recolhe essas armas pela primeira vez para que seus descendentes as usem, segundo a história), novos poderes para Sonia, além do chicote com poderes iguais aos dois jogos de Game Boy anteriores;
- O quarto jogo a ser removido da cronologia, e também o que os fãs mais reclamaram, acusando Iga de preconceito e machismo, uma vez que Legends teria sido excluído simplesmente por mostrar uma Belmont mulher como protagonista e matriarca da família de caçadores. O próprio Iga se retratou, dizendo que isto não tinha nada a ver, e que foi justamente o Castlevania que ele mais lamentou remover da cronologia, mas que ficaria complicado encaixá-lo na história que iria ser lançada com Lament of Innocence.
Castlevania (Nintendo 64)
De longe, os dois jogos (este e sua sequência/prequel) menos queridos da série (pra não dizer mais odiados!), perdendo apenas para Castlevania Judgement e Adventure em popularidade ruim... os dois jogos de Nintendo 64 tentaram trazer inovações (entre elas a maior, de um jogo completamente em 3D), mas elas não foram bem aceitas pelo público. A maioria dos poucos fãs até dizem que o melhor é ver os jogos como se não fossem Castlevanias... O jogo sofreu muitas modificações na fase de pré-produção (como remoção dos personagens Carmilla, que seria um dos chefes e Cornell, que só apareceria no jogo seguinte), e preferiram lançar uma versão modificada, mais simples do que os produtores idealizavam, com um "carinha do chicote" como protagonista (detalhe que Reinhardt Schneider era para ser um Belmont, batizado inicialmente de Schneider Belmont, mas isto foi mudado na fase final do projeto) para atender às definições da série. O jogo não agradou muito, principalmente por causa dos movimentos da câmera (aliado à péssima jogabilidade gerada pelo Joystick desgraçado do Nintendo 64), e o site Game Revolution chegou ao ponto de declarar que isto quase arruinou o jogo.
Características:
- Primeiro jogo da série a ser completamente em 3D (o que, aliás, é considerado justamente o fator menos querido de ambos os jogos de N64...);
- Primeiro a ter três níveis de dificuldade;
- Músicas bem orquestradas, ainda que numa mídia em cartucho;
- Retorno do sistema de Castlevania II: Simon's Quest, com alternância entre dia e noite e inventário com itens;
- Estreia dos personagens Carrie Fernandez, Reihardt Schneider, Malus, Charles Vincent, Actrise, Renon e Rosa;
- Ambos os jogos de Nintendo 64 foram considerados fora da cronologia, segundo Iga porque foram criados inicialmente para não serem parte dela (embora todo mundo saiba que foi por causa da má fama deles...).
Castlevania Legacy of Darkness (Nintendo 64)
No mesmo ano foi finalmente lançada a versão "completa" do Castlevania de Nintendo 64, com mais personagens, mais fases e um ajuste melhor da câmera. Mesmo assim, apesar da popularidade do personagem Cornell, o jogo não teve uma receptividade tão alta, pois os fãs acharam que era meramente "mais do mesmo"; a verdade é que Legacy of Darkness é considerada uma "Special Edition" de Castlevania 64 pelos próprios produtores do jogo.
Características:
- Estreia dos personagens Cornell, Ada, Ortega, Giles de Rais (baseado num assassino serial da vida real) e Henry Oldrey;
- Melhoria nos movimentos de câmera e jogabilidade em relação ao jogo anterior;
- Fases e chefes extras;
- Suporte ao Expansion Pak, o que possibilitou melhorias gráficas e sonoras consideráveis em relação ao jogo anterior;
- Ligeiramente mais fácil que Castlevania 64;
- Três Castlevanias em um: o jogo original de 64 (mas com as mudanças da nova versão), um prequel (o jogo com Cornell) e uma sequência (com Henry)!
- Embora tenha sido oficialmente removido da cronologia por Iga, muitos jogos posteriores fazem menção a Castlevania Legacy of Darkness como um jogo canônico (Cornell, inclusive, volta a ser um personagem jogável);
- Ganhou no Guiness os recordes de "Most Games in an Action Adventure Series", "Largest Number of Platforms for One Series", e "Longest Castlevania Title"!!! Três dos sete recordes mundiais que a franquia Castlevania abocanhou na edição especial Guinness World Records: Gamer's Edition 2008!
Observação Pessoal.: Não sei se ficou muito claro, mas eu SOU um fã dos Castlevanias de 64, e muito lamento o quanto esses jogos são detestados pelos fãs mais céticos.
Castlevania X68000/Chronicles (Sharp X68000 e Playstation)
O segundo Castlevania de Playstation não foi inicialmente lançado para o console, e sim para um computador chamado Sharp X68000 (apenas no Japão, pra variar). E pra variar foi também um remake do Castlevania original... a diferença maior é que a versão de Playstation foi que mudou o visual de Simon Belmont, de um Conan-loiro-com-chicote para um Conan-ruivo-japonês-com-chicote... justamente por ser um "mero" remake do primeiro Castlevania, ele acabou não caindo nas graças dos fãs, que queriam mais um Castlevania no estilo de Symphony of the Night.
Características:
- Primeiro (e único) Castlevania de Sharp X68000;
- Novas versões para músicas clássicas da série (com arranjo melhor no Playstation);
- Novas fases em relação ao Castlevania original;
- Primeiro Castlevania com ambivalência: a versão de Playstation podia ser jogada com as modificações feitas para o console ou exatamente como a versão original de Sharp 68000;
- Retorno da desenhista Ayami Kojima, que foi responsável por alguns dos characters design mais famosos (principalmente no jogo anterior).
Castlevania Circle of the Moon (Game Boy Advanced)
O primeiro jogo para GBA sofreu uma forte influência de Symphony of the Night; entretanto, havia também várias diferenças, e os gráficos meio escurecidos tornavam o jogo meio ruim de ser jogado na telinha do GBA (até lançarem a tela com iluminação, mas já era tarde para Circle).
Características:
- Primeiro Castlevania de GBA;
- Retorno do sistema "Metroidivania", tornando-o praticamente o padrão dos jogos seguintes;
- Estreia dos personagens Nathan Graves, Hugh Baldwin e Morris Baldwin;
- Sistema de poderes bem interessante, baseado em combinações de cartas que davam novos poderes ao personagem e ao chicote;
- Ausência de um vendedor de itens (maior reclamação dos jogadores);
- Um dos Castlevanias que saíram da cronologia, segundo Koji Igarashi porque ele havia sido inicialmente produzido para não ser oficial (ou então porque seria difícil encaixar sua história na cronologia...);
- Gráficos belos mas muito escuros para a tela do GBA e sprites pequenos.
Castlevania Harmony of Dissonance (Game Boy Advanced)
O jogo que marcou a estreia de Koji Igarashi como produtor oficial da série (após anos como assistente) foi recebido com muito entusiasmo, e apesar de vender bem no começo, acabou perdendo popularidade pouco a pouco, foi o que também marcou o lançamento da cronologia oficial (para satisfação de alguns e desespero de outros, principalmente os fãs de Sonia Belmont). Embora também seja divertido de jogar, é relativamente fácil demais, e tem o som bem ruim, pois usa apenas o canal de 8 Bits do GBA (mas com qualidade ainda pior que os jogos de Nes e Game Boy).
Características:
- Sistema de poderes interessante, que nunca mais foi aproveitado em um personagem Belmont;
- Exploração árdua e demorada das fases (dois castelos, como em Symphony, uma das coisas que os fãs mais reclamaram fazer falta em Circle of the Moon) e retorno da loja de itens (que também fazia falta);
- Gráficos bons, melhores que Circle of the Moon;
- Estreia dos personagens Juste Belmont, Lydie Erlanger e Maxim Kischine;
- Músicas e sons HORRÍVEIS, marcando este como o Castlevania com a pior qualidade sonora;
- O jogo muitas vezes parece ser uma mera cópia "ligeiramente" piorada de Symphony of the Night, como se estivessem desesperados pra que fizesse sucesso (o personagem Juste Belmont, inclusive, é um "Alucard depois de fazer chapinha"...).
Castlevania Aria of Sorrow (Game Boy Advanced)
Os fãs são unânimes: este é o MELHOR Castlevania de GBA, sendo considerado por muitos como o sucessor moral de Symphony of the Night. É também o primeiro Castlevania a se passar numa era futura, felizmente sem alterar o clima da série.
Características:
- Sistema de poderes muito bom, que foi reaproveitado em outros jogos, baseado em parte nos poderes de Alucard;
- Estreia dos personagens Julius Belmont, Soma Cruz, Mina Hakuba, Yoko Belnades, Hammer, Graham Jones, Chaos e Genya Arykado (no caso deste, não foi bem uma "estreia"...);
- Gráficos, sons e jogabilidade superiores aos dois antecessores de GBA, aproveitando o máximo do potencial do portátil;
- Muitas revelações sobre o futuro e o passado da cronologia de Castlevania;
- Primeiro Castlevania em que é possível controlar Drácula! (mais ou menos...)
- Retorno das qualidades de Symphony, como o inventário, o bestiário (Harmony of Dissonance tinha, mas não era tão bem feito) e o sistema de jogo;
- Notavelmente, é o Castlevania da Era 32 Bits que fez menos referências aos jogos antigos.
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E aqui encerro a segunda parte deste especial. Novamente eu acabei deixando alguns jogos importantes de lado (principalmente remakes)... Mas ainda não é o fim da série! Na terceira e última parte deste especial, finalmente irei falar dos Castlevanias mais recentes, inclusive dos 3D que foram bem aceitos. Até lá!
9 comments:
Preciso corrigir meu erro de não ter jogado a fundo Symphony of the Night! Tenho aqui, mas nunca peguei pra jogar pra valer!
Belo post Azrael, o expert na série Castlevania!
Maravilha de post, Azrael, só esqueceu de comentar que o Aria of Sorrow talvez tenha sido o primeiro Castlevania lançado para celulares (eu tenho no meu, e inclusive ele tem as mesmas músicas da versão pra GBA). Eu digo talvez porque tem também o Order of Shadows (tbm tenho), mas não sei qual dos dois veio primeiro.
As músicas do Aria of Sorrow são magníficas! Experimentem a versão da banda Megadriver para o tema da primeira fase:
http://www.youtube.com/watch?v=JDIeJGocdzA
Tristan, aparentemente, o primeiro de celular foi o Order of Shadows(que aliás foi lançado exclusivamente pra celular). O Aria parece ter sido lançado juntamente com o relançamento do Dawn, há pouco tempo. Preciso investigar um pouco mais sobre isso, e conto tudo na terceira parte. Há propósito, sempre achei a versão da Mega Driver da música de Aria of Sorrow uma das melhores da banda!
Valeu pelos comentários, pessoal, qualquer dúvida, tamos aí!
Como eu conheci Castlevania com Simphony, não teve jeito de não me identificar com esse post! Acabou se tornando meu favorito, porque apesar da dificuldade não ser grandes coisas, os gráficos são lindos e a trilha sonora tá nos meus setlists até hoje!
Eu também adoro os Castlevanias do 64... Mas realmente ficam melhores se fosse não pensar neles como um Castlevania. De qualquer jeito, valem as horas de diversão!
Puxa Azrael, eu tenho um amigo que também adora Castlevania (eu gosto, mas não sou fanático). Ele leu as duas partes e até assumiu que não conhecia alguns jogos como Chi no Rondo Dracula que você já havia falado antes. Está de parabéns e está provando que é fã de Castlevania. Já estou baixando Legacy of Dakness, que já havia jogado, mas tive que formatar o PC e o perdi... :(
Ótimo espicial!!!
Nunca fui muito fã da franquia mas vendo esses especiais da uma tremenda vontade de jogar!
O Symphony of the Night é tão fácil, mas TÃO FÁCIL...que tem a Crissaegrim...que é um ROUBO
Falta os de DS e Playstation 2! aaaaaaaaaaah faz o resto
Calma, que estou fazendo... até o final de semana posto a terceira parte!
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