A Era dos Videogames (Parte 2)
1976 - Channel F, o primeiro videogame progamável!
Foi em 1976 que a Fairchild Camera & Instrument deu um passo importante na indústria dos games, lançando o Channel F (foto ao lado), o primeiro console "programável", onde o usuário poderia trocar os jogos que eram acondicionados em cartuchos. Não era mais necessário fazer operações complicadas para mudar o jogo; você poderia comprá-los nas lojas, quando quisesse. O engraçado é que os cartuchos vinham numerados - já que a Fairchild era a única fabricante de jogos - para não confundir o consumidor. Desta forma, o usuário economizaria no hardware, e gastaria mais no software, teoria que ainda hoje é a base da indústria de videogames. O Channel F vinha com uma biblioteca de jogos diversificada, que continha desde conversões de clássicos dos arcades, como Computer Space e Space Invaders (lançado mais tarde), títulos de esporte (Hockey e Tennis) e até versões digitais de jogos de tabuleiro e cartas como Forca, Gamão, Jogo da Velha e Poker. Mas seus jogos ruins não foram bem sucedidos e logo o Channel F caiu!
Foi nesta época também, que surgiam os games violentos, como Death Race e Interstate 76! Gerando certa polêmica sobre como os jogos influenciavam os jovens...
Ainda neste ano, vendo que o mercado estava em crescimento, Bushnell vende a Atari para a Warner Communications, pois não vê outra maneira de mantê-la competitiva.
1977 - A RCA lança o Studio II
A RCA também queria entrar no mercado dos games (afinal de contas, ela perdeu a oportunidade ao recusar o projeto "Brown Box" de Ralph Baer, que iria se transformar no Odyssey 100), e lançou no início de 1977 o Studio II, um console "programável" como o Channel F. O Studio II tinha quatro jogos embutidos em sua memória principal, além dos jogos extra em cartuchos. A grande novidade era um teclado numérico disposto no console, em substituição aos "paddles" (controles em formato de roda) onipresentes na época.
O Studio II possuía gráficos em preto e branco e não tinha muita resolução! Por isso, o pessoal não aprovou o console e a RCA fracassou na sua tentativa. O Studio II marcou o fim da primeira geração de consoles caseiros!
E 1977 foi um ano importante para o Brasil, pois foi o ano em que o Brasil teve o primeiro contato com os videogames! A fabricante nacional Philco viu uma oportunidade de sair na frente da concorrência, e lançou o console Tele-jogo. Na primeira versão comercializada no Brasil, era possível jogar futebol, tênis e paredão. Um bom tempo depois, veio o Tele-jogo 10, que, como o próprio nome dizia, possuía 10 jogos gravados na memória, que eram selecionados através de um botão no console. O Tele-jogo e seus diversos clones fizeram algum sucesso no início de sua comercialização, mas logo depois caíram no esquecimento pelos brasileiros. O fato de que o aparelho danificava as televisões da época (quando ligado por várias horas seguidas) e a baixa resolução gráfica foram fatores que contribuíram para sua decadência.
Novembro de 1977 - O Video Computer System é lançado, conhecido por Atari 2600!
Foi em novembro de 1977 que a Atari lançou o VCS (Video Computer System), mais tarde chamado de Atari 2600! O Atari 2600 utilizava cartuchos, que seriam usados daqui em diante para a gravação dos games (lembrando que foi o Channel F o pioneiro dos cartuchos). As vendas do Atari 2600 não foram tão satisfatórias no início causando atritos entre Bushnell e o presidente da Warner, fazendo com que Bushnell abandonasse a companhia.
Abaixo, relembre alguns jogos do Atari 2600:
1) Defender; 2) Ms. Pacman; 3) Mario Bros. (talvez o pior de todos); 4) Space Invaders
Os executivos da Warner, alarmados com o iminente fracasso comercial da nova plataforma, "forçaram" fabricantes de periféricos e softhouses (entre elas a própria Atari) a inundarem o mercado com centenas de novos jogos e acessórios para o console.
A estratégia deu certo inicialmente, e a partir do início da década de 80, as vendas atingiram níveis estratosféricos para a época. Iniciou-se uma nova onda de clones do Atari 2600, inclusive com a inclusão de módulos em outros consoles para rodar seus ótimos jogos, e pela primeira vez na história, jogos pornôs!
1) Montezuma's Revenge (para muitos o melhor game do Atari 2600); 2) River Raid, feito pela Activision; 3) Enduro (clássicoooooo); 4) Pole Position; 5) Pitfal (primeiro jogo com "scroll" da tela lateral; 6) Hero (o último grande jogo a sair pro Atari 2600)
Mas a enorme quantidade de jogos lançados para o Atari acabou prejudicando o console! Se por um lado o Atari possuía inúmeros games, faltava qualidade... Era notável que eles haviam sido feitos apenas pra atrair a atenção dos consumidores, mas os jogos eram tão medíocres que ninguém mais queria comprá-los! Os consumidores estavam saturados...
A Atari ainda tentou lançar periféricos revolucionários para contornar a situação, masa merda já tava feita o mercado já demonstrava sinais de fraqueza. Sete anos depois de lançado, o Atari 2600 afundou, e levou todo o mercado de consoles juntamente com ele. Esse episódio histórico ficou conhecido como o crash dos videogames de 1984.
Fim da segunda parte. Clique Aqui e confira a 3ª Parte!
Foi em 1976 que a Fairchild Camera & Instrument deu um passo importante na indústria dos games, lançando o Channel F (foto ao lado), o primeiro console "programável", onde o usuário poderia trocar os jogos que eram acondicionados em cartuchos. Não era mais necessário fazer operações complicadas para mudar o jogo; você poderia comprá-los nas lojas, quando quisesse. O engraçado é que os cartuchos vinham numerados - já que a Fairchild era a única fabricante de jogos - para não confundir o consumidor. Desta forma, o usuário economizaria no hardware, e gastaria mais no software, teoria que ainda hoje é a base da indústria de videogames. O Channel F vinha com uma biblioteca de jogos diversificada, que continha desde conversões de clássicos dos arcades, como Computer Space e Space Invaders (lançado mais tarde), títulos de esporte (Hockey e Tennis) e até versões digitais de jogos de tabuleiro e cartas como Forca, Gamão, Jogo da Velha e Poker. Mas seus jogos ruins não foram bem sucedidos e logo o Channel F caiu!
Foi nesta época também, que surgiam os games violentos, como Death Race e Interstate 76! Gerando certa polêmica sobre como os jogos influenciavam os jovens...
Ainda neste ano, vendo que o mercado estava em crescimento, Bushnell vende a Atari para a Warner Communications, pois não vê outra maneira de mantê-la competitiva.
1977 - A RCA lança o Studio II
A RCA também queria entrar no mercado dos games (afinal de contas, ela perdeu a oportunidade ao recusar o projeto "Brown Box" de Ralph Baer, que iria se transformar no Odyssey 100), e lançou no início de 1977 o Studio II, um console "programável" como o Channel F. O Studio II tinha quatro jogos embutidos em sua memória principal, além dos jogos extra em cartuchos. A grande novidade era um teclado numérico disposto no console, em substituição aos "paddles" (controles em formato de roda) onipresentes na época.
Studio II e seus teclados numéricos.
O Studio II possuía gráficos em preto e branco e não tinha muita resolução! Por isso, o pessoal não aprovou o console e a RCA fracassou na sua tentativa. O Studio II marcou o fim da primeira geração de consoles caseiros!
E 1977 foi um ano importante para o Brasil, pois foi o ano em que o Brasil teve o primeiro contato com os videogames! A fabricante nacional Philco viu uma oportunidade de sair na frente da concorrência, e lançou o console Tele-jogo. Na primeira versão comercializada no Brasil, era possível jogar futebol, tênis e paredão. Um bom tempo depois, veio o Tele-jogo 10, que, como o próprio nome dizia, possuía 10 jogos gravados na memória, que eram selecionados através de um botão no console. O Tele-jogo e seus diversos clones fizeram algum sucesso no início de sua comercialização, mas logo depois caíram no esquecimento pelos brasileiros. O fato de que o aparelho danificava as televisões da época (quando ligado por várias horas seguidas) e a baixa resolução gráfica foram fatores que contribuíram para sua decadência.
Novembro de 1977 - O Video Computer System é lançado, conhecido por Atari 2600!
Foi em novembro de 1977 que a Atari lançou o VCS (Video Computer System), mais tarde chamado de Atari 2600! O Atari 2600 utilizava cartuchos, que seriam usados daqui em diante para a gravação dos games (lembrando que foi o Channel F o pioneiro dos cartuchos). As vendas do Atari 2600 não foram tão satisfatórias no início causando atritos entre Bushnell e o presidente da Warner, fazendo com que Bushnell abandonasse a companhia.
Acima, o velho console Atari 2600, na sua versão que foi lançada nos EUA.
Abaixo, relembre alguns jogos do Atari 2600:
Os executivos da Warner, alarmados com o iminente fracasso comercial da nova plataforma, "forçaram" fabricantes de periféricos e softhouses (entre elas a própria Atari) a inundarem o mercado com centenas de novos jogos e acessórios para o console.
A estratégia deu certo inicialmente, e a partir do início da década de 80, as vendas atingiram níveis estratosféricos para a época. Iniciou-se uma nova onda de clones do Atari 2600, inclusive com a inclusão de módulos em outros consoles para rodar seus ótimos jogos, e pela primeira vez na história, jogos pornôs!
Mas a enorme quantidade de jogos lançados para o Atari acabou prejudicando o console! Se por um lado o Atari possuía inúmeros games, faltava qualidade... Era notável que eles haviam sido feitos apenas pra atrair a atenção dos consumidores, mas os jogos eram tão medíocres que ninguém mais queria comprá-los! Os consumidores estavam saturados...
A Atari ainda tentou lançar periféricos revolucionários para contornar a situação, mas
Fim da segunda parte. Clique Aqui e confira a 3ª Parte!
2 comments:
Nossa, muito legal.
Novo! ATARI ENDURO RACING! - Rafael MSP - Brasil Sao Paulo
http://www.youtube.com/watch?v=YIPDuKaUJE8
-Oficina 35 - Rafael MSP
-Criação: Rafael MSP
-Fotografia/vídeo/edição: Camila Weber
Utilizando materias alternativos, reaproveitados e diversas técnicas construtivas, foi criado uma peça que une o low-tech de um game clássico do atari com o hi-tech da interatividade, criando assim um diálogo entre o passado e o futuro, o real e o virtual e o primitivo e o tecnológico.
Espero que curtam e possam divulgar! vlw
Camila Weber
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