Tomb Raider (PC / PSX)

quarta-feira, 5 de agosto de 2009 Postado por Tristan.ccm


Gênero:
Ação


Fabricante: Core / Eidos Interactive


Lançamento: 1996


Jogadores: 1 player






No início, os games não tinham pessoas como protagonistas. O primeiro foi Pitfall, do Atari. Depois dele, muitos outros herois e heroínas surgiram: Mario, Alex Kidd, Link, Crono, entre outros. Porém, creio que entre todas as pessoas que foram criadas para serem protagonistas de games, nenhum tenha feito tanto sucesso quanto a arqueóloga Lara Croft.

Rica e bem de vida, até hoje Lara é aclamada como a musa dos games (isso até o dia que a Samus resolveu tirar a armadura, mas isso é outra história). Mas a srta. Croft é muito mais do que um belo corpo em meio às catacumbas: aliando inteligência, acrobacias e armas, ela sempre consegue encontrar os mais difíceis e raros tesouros históricos, enfrentando o que der e vier. Talvez seja por isso que a empresária Jacqueline Natla a contratou para que ela encontrasse as três partes de um artefato conhecido como Scion. O que Lara não sabia é que sua busca a levaria a diferentes partes do mundo, chegando até mesmo a enfrentar animais pré-históricos e a dar uma volta pela lendária Atlântida.

A movimentação de Lara impressiona, pois dá pra fazer quase que tudo com a moça, mas isso não é nem um pouco complicado. A versão que testei foi a de PC, onde geralmente o teclado é a forma menos eficiente de se controlar o personagem. Não é isso que ocorre, pois além de ser possível customizar os controles da forma que se quiser, o jogo responde aos comandos de forma quase que instantânea. A movimentação de Lara é de fazer inveja a muito figurante dos filmes de Jackie Chan: ela pula, se pendura em saliências, dá saltos mortais, tudo isso com comandos fáceis e intuitivos. Imagino o que poderia ser feito se eu tivesse conseguido controlá-la via Dual Shock! Na hora que a coisa aperta e os inimigos atacam, Lara apela para suas armas, que vão desde as básicas pistolas duplas até mesmo a um par de Uzis que transformam até um poderoso T-Rex em peneira. Dois detalhes sobre as armas são que a mira é automática (afinal, Lara não está em Racoon City) e as pistolas duplas têm munição infinita, algo fora da realidade mas que evita a frustração de não conseguir fechar uma fase por falta de munição.

Eu já disse que Lara é uma gata, e as pessoas perceberam isso pois os gráficos, mesmo com mais de dez anos de militância, mostram isso com clareza. Mas eles não servem para mostrar apenas as curvas da protagonista, pois cenários e inimigos também estão bem desenhados e se movem com uma fluidez que deixa tudo quase perfeito. Quase, pois sempre tem um defeito em tudo: o jogo praticamente não tem músicas, embora os efeitos sonoros (tiros, barulho dos inimigos, gemidos da Lara, etc.) salvem o quesito. Além disso, praticamente toda a exploração é feita em lugares escuros. Junte isso ao fato das cavernas, tumbas e templos não possuírem um mapa e você tem altas chances de se perder (Lara tem uma bússola, mas ela não é muito útil). Embora esses defeitos sejam uma coisa irritante às vezes, Tomb Raider supera tudo isso com um grau absurdamente alto de exploração, uma jogabilidade perfeita e, por último mas não menos importante, uma tremenda gata para se controlar.



NOTA FINAL: 9,5
LARA CROFT NÃO PODIA TER ESCOLHIDO UM JOGO MELHOR PARA SUA ESTRÉIA. TOMB RAIDER É UM CLÁSSICO QUE MERECE SER JOGADO POR TODO MUNDO QUE APRECIA BONS GAMES.
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