A Evolução dos Games: Castlevania(3)
Parte 3: A Revolução
E finalmente, a terceira parte!
Era 128 Bits e além
Esta era foi marcada pelos muitos lançamentos de jogos de Castlevania em um curto espaço de tempo (algumas vezes era lançado mais de um jogo por ano!), principalmente para os portáteis, como Nintendo DS e PSP. Esta Era marcou muitas reviravoltas na série, tanto na história quanto na realidade, como criação e remoção de personagens, mudanças drásticas na equipe de produção e, claro, advento das novas tecnologias aos jogos, mas sempre tentando manter a tradição do nome Castlevania. Muita polêmica foi feita nesta era, e mais novas estão sendo feitas, com o lançamento do novo Lords of Shadows, talvez o mais controverso Castlevania de todos, graças à Internet. É engraçado notar, entretanto, que esta Era foi a que teve a equipe de produção que durou mais tempo (uma vez que esta equipe já tinha sido formada antes, ainda na era 32 Bits), a equipe formada por Koji Igarashi, Michiru Yamane e Ayami Kojima (além claro de outros), considerada por muitos a melhor equipe que já trabalhou com Castlevania. E mais engraçado ainda, entretanto, que esta equipe acabou de ser desfeita para o surgimento de um novo estilo de Castlevania...
Castlevania Lament of Innocence (Playstation 2)
Depois do fracasso no 3D com os Castlevanias de Nintendo 64, os fãs estavam muito inseguros com o 3D; boa parte dos jogadores gritava a plenos pulmões: "Castlevania tem que ser em 3D, senão não é Castlevania!". Koji Igarashi decidiu dar um salto no escuro e lançar um jogo em 3D da série para o ainda recente Playstation 2, e foi agradavelmente recompensado com a boa receptividade do jogo. Lament of Innocence conseguira o sucesso que os Castlevanias de Nintendo 64 não conseguiram, com uma boa jogabilidade, gráficos excelentes e o melhor, a qualidade sonora do Playstation 2. Todas as qualidades da série estão aqui, inclusive muitos detalhes vindos do estilo "Metroidivania", como mapa e o inventário de itens. Este jogo é também o primeiro da cronologia, mostrando o primeiro Belmont e também a origem de Drácula. A única reclamação dos fãs é que a tradicional torre do relógio não foi incluída neste jogo, segundo Iga porque o relógio ainda não havia sido inventado na época...
Características:
- Primeiro jogo da série para Playstation 2;
- Primeiro Castlevania 3D a alcançar boa receptividade;
- Estreia dos personagens Leon Belmont, Mathias Conqrvist, Walter Berhard, Rinaldo Gandolfi, Pumpkin e Joachim Armster;
- Inovações gráficas e sonoras superiores a todos os jogos anteriores (e mesmo alguns posteriores...);
- "Marco Zero" da cronologia, contando as origens da família Belmont, de Drácula e do chicote Vampire Killer, além da relação entre eles;
- Retorno do clima de terror gótico, o preferido dos fãs, em vez do clima de aventura;
- Exploração meio demorada (a ponto de ser tediosa em algumas partes), com muitas voltas pelo castelo;
- Primeiro jogo da série em que era possível controlar um inimigo (Joachim).
Observação: Um detalhe importante é que o lançamento simultâneo de muitos jogos no estilo de Lament of Innocence diminuiu muito o interesse dos jogadores(e pra piorar ainda mais, houve quem chegasse a chamar Lament of Innocence injustamente de "clone de Devil May Cry" ou até de "clone de God of War" (mesmo GOW tendo sido lançado dois anos depois...), e a fama de Lament pro público em geral acabou sendo ofuscada. Isto, entretanto, não diminui NADA a qualidade do jogo.
Castlevania Dawn of Sorrow (Nintendo DS)
Aria of Sorrow nem bem havia feito sucesso, e a continuação direta já havia sido anunciada para o na época recente Nintendo DS, causando grande alvoroço. Assim como acontecera com Harmony, os fãs receberam o lançamento de Dawn of Sorrow cerca de um ano depois com muito entusiasmo, e Dawn é até hoje um dos jogos mais vendidos para o portátil. Tendo o melhor que a série já tinha até agora, Dawn of Sorrow finalmente se igualava 100% aos gráficos e sons de Symphony of the Night. Entretanto, algumas modificações em relação aos jogos anteriores, tentando aproveitar os recursos do DS, acabaram por tirar grande parte da qualidade deste jogo, e os gamers acabaram divididos: "Dawn of Sorrow, ame-o ou odeie-o". O maior defeito é o uso da caneta Stylus em partes importantes do jogo (ela é necessária para fazer o desenho de um selo na tela para matar os chefes, e o jogador acabava se atrapalhando entre soltar uma mão, pegar a caneta e desenhar o selo num curto espaço de tempo, tendo ainda que lidar com a possibilidade de errar o desenho e ter de enfrentar o chefe de novo e de novo, até desenhar corretamente pior ainda pra quem joga por emulador, já que o selo precisa ser feito com o mouse...), unanimamente tido como o maior fail deste game. Além disso, este jogo conta com gráficos e CGs desenhadas no estilo anime (uma vez que Ayami Kojima não participou da produção), o que segundo boa parte dos fãs tira o clima da série e descaracteriza os personagens, principalmente Soma Cruz.
Características:
- Primeiro jogo da série para DS;
- Retorno dos personagens e jogabilidade (com o sistema de poderes e magias) de Aria of Sorrow, além de referências aos jogos anteriores, uma das maiores ausências de Aria;
- Estreia dos personagens Celia Fortner, Dario Bossi e Dmitrii Blinov;
- Estreia do sistema para dois jogadores simultâneos, via conexão por cabo; entretanto, isto só era possível após terminar o jogo uma vez. Este sistema foi aperfeiçoado no jogo seguinte;
- Muitas melhorias em relação às versões para GBA;
- Uso inadequado da Stylus;
- Sistema de jogo alternativo (após zerar) interessante, que remete à jogabilidade de Castlevania III, inclusive com controle de mais de um personagem simultâneo e por dois jogadores, ainda por cima.
Castlevania Curse of Darkness (Playstation 2)
Tentando repetir o sucesso de Lament of Innocence, Curse of Darkness foi lançado, com gráficos ainda melhores que o anterior, desta vez com outro personagem principal e trazendo de volta um dos Belmonts mais populares entre os fãs: Trevor! Infelizmente, Curse of Darkness não foi tão bem sucedido quanto Lament, mas dos jogos em 3D da série, ele costuma ser o segundo favorito dos jogadores.
Características:
- Gráficos e Sons um pouco mais trabalhados que o anterior, além de jogabilidade avançada (tentando competir com God of War);
- Estreia do personagem Hector;
- Sistema de criação de armas e combinação de itens avançado para o estilo (lembra muito o sistema de Onimusha);
- Jogabilidade linear, diferente dos jogos anteriores; em vez de poder explorar livremente qualquer fase disponível (como em Lament, que vinha com cinco fases abertas e os Metroidivanias), o jogador precisa avançar fase por fase;
- Possibilidade de se jogar com Trevor em 3D.
Castlevania Portrait of Ruin (Nintendo DS)
A esperada continuação de Bloodlines foi finalmente lançada para o DS, com história em plena 2ª Guerra Mundial (e com várias referências à guerra). Portrait of Ruin corrigiu a maior parte dos erros de Dawn (principalmente o uso da Stylus, que não era mais obrigatório) e trouxe mais algumas inovações importantes para a série, além de revelações importantes da cronologia. Infelizmente, os detalhes gráficos de seus dois antecessores (Dawn of Sorrow e Bloodlines) que mais desagradaram os fãs também estavam de volta, como os gráficos em estilo anime e os cenários "coloridos demais". Este é, talvez, o mais bem trabalhado dos Castlevanias de DS (embora não seja tão querido quanto Order of Ecclesia), além de ser o mais longo (Iga sempre menciona a enorme quantidade de segredos deste jogo).
Características:
- Primeiro Castlevania para dois jogadores simultâneos (era necessária uma conexão por cabo entre dois DSs) desde o início do jogo;
- Primeiro com controle de dois personagens simultâneos (mesmo com apenas um jogador) desde o início do jogo;
- Primeiro jogo da série lançado para um videogame portátil a possuir dublagens em versão inglesa;
- Estreia dos personagens Johnathan Morris, Charlotte Aulin, Stella Lecarde e Loretta Lecarde;
- Melhorias no sistema de jogo "Metroidivania", com novos poderes, habilidades, armas e itens, além de magias simultâneas entre os dois personagens (HOLY LIGHTNING!);
- Primeiro jogo da série em que o "carinha do chicote" podia usar outros tipos de armas além do chicote como arma principal;
- Retorno de Richter e Maria como personagens jogáveis;
- Além de Michiru Yamane, este jogo contou com a distinta presença de Yuzo Koshiro na produção da Trilha sonora; pra quem não o conhece, Yuzo foi responsável pelas trilhas sonoras de alguns dos maiores sucessos dos games, como Streets of Rage, Revenge of Shinobi, Actriser, Sonic, Shenmue e muitos outros.
Castlevania Order of Shadows (Celular)
Não, este não foi o primeiro Castlevania de celular (o primeiro foi justamente um remake do Castlevania original), mas com certeza é o que foi feito com mais dedicação. Um detalhe interessante é que a história deste jogo foi mudada de última hora, para incluir a família Belmont, e o personagem Gryff LaRue acabou virando Desmond Belmont(supostamente, filho de Soleyu).
Características:
- Primeiro Castlevania exclusivo para celular;
- Estreia dos personagens Desmond Belmont, Zoe Belmont, Dolores Belmont, Rohan Krause e Giovanni;
- Não é considerado parte da cronologia oficial.
Castlevania Order of Ecclesia (Nintendo DS)
Lançado no mesmo ano de Castlevania Judgement, Order of Ecclesia acabou sendo o grande lançamento do ano. Cansado das críticas, Iga decidiu fazer um jogo atendendo quase todos os clamores dos fãs da série: Order of Ecclesia é desenhado num estilo mais gótico (pra quem não sabe e critica: ainda é mangá, mas com outro traço, simplesmente), traz todas as qualidades dos dois jogos anteriores para DS (exceto o modo para 2 jogadores), é um dos jogos mais difíceis da série e finalmente, uma protagonista mulher na série. Shanoa realmente foi quem salvou a cabeça da Konami com este jogo (devido ao fracasso de Jugement), e ela é hoje uma das personagens mais populares da série (e bem que podia ter sido incluída no Top 10 - Gatas aqui do Museum...).
Características:
- Estreia dos personagens Shanoa, Albus e Barlowe;
- Primeiro jogo da série em que o Vampire Killer não aparece de nenhuma forma;
- Aperfeiçoamentos no sistema "Metroidivania", com fases fora do castelo (como no jogo anterior);
- Dificuldade elevada ao nível dos Castlevanias de Nes;
- Sistema de magia e poderes inovador (ligeiramente baseado no sistema de Souls de Aria e Dawn), com ataques totalmente baseados na barra de MP;
- Primeiro Castlevania da cronologia a ter uma protagonista mulher.
Castlevania Judgment (Nintendo Wii)
E Castlevania chega aos jogos de luta! Para ser impiedosamente apedrejado pelos fãs! Castlevania Judgement foi outro salto no escuro de Iga, mas desta vez ele pulou direto num espinheiro... com movimentação e gráficos em 3D, retorno de quase todos os personagens populares da série (cadê o Richter, fdp?!), possibilidade de finalmente jogar com os vilões (entre eles Drácula e Morte!), além de ter como designer gráfico ninguém menos que Takeshi Obata (artista responsável pelas séries Hikaru no Go e Death Note), Judgement tinha tudo para ser o grande lançamento do ano... exceto o fato de ser um jogo de luta! Embora tenha sua cota de fãs, a imensa maioria dos players achou Judgement uma piada de muito mau gosto, ou no mínimo um grande fail (ou esclerose) do Iga. Pra piorar, embora feitos por um artista tão conceituado, não há um jogador que não compare os desenhos dos personagens em Judgement com os personagens de Death Note, com alguns agravantes (o Simon, de um "Conan de chicote" como era desenhado nos jogos antigos, virou um Light Yagami emo bombado! E a Maria virou a Misa criança!). Judgement não chega a ser exatamente um jogo ruim, na verdade é um jogo de luta razoável com gráficos e músicas incríveis, mas o fato de fugir muito do padrão da série serviu para torná-lo, talvez, o mais impopular e o mais xingado.
Características:
- Primeiro jogo de luta da série (e espera-se, o último...);
- Estreia de muitos personagens novos (entre eles Aeon e Time Reaper) ;
- Retorno dos personagens mais populares de Castlevania: Simon e Trevor Belmont, Alucard, Maria Renardt (criança), Sypha Belnades, Cornell, entre outros (CADÊ O RICHTER, FDP?!);
- Reaproveitamento de personagens de jogos quase esquecidos (como Galamoth de Kid Dracula e Cornell de Legacy of Darkness);
- Possibilidade de interação com o jogo Order of Ecclesia, através de conexão externa;
- Ódio mortal dos fãs da série...
Castlevania: The Arcade
Este foi um jogo que surpreendeu bastante os players; depois do malfadado Judgement, ninguém esperava jogar um Castlevania com controle interativo (tipo o Wiimote) que tivesse qualidade... mas jogaram! Ao menos no Japão e na Europa... lançado exclusivamente para o Arcade, a máquina deste jogo possui um controle com estilo muito parecido com o do Wiimote, três personagens e, o que é mais incrível, totalmente em 3D e em primeira pessoa! Uma pena nunca ter chegado aqui por estas bandas...
Características:
- Primeiro Castlevania em primeira pessoa;
- Primeiro Castlevania 3D (de aventura) para dois jogadores;
- Lançado apenas na Europa e no Japão;
- Primeiro Castlevania a ter possibilidade de escolha entre três personagens logo no início;
- Estreia dos personagens Vampire Hunter, Lady Gunner e Little Witch;
- Primeiro Castlevania em que os personagens principais não têm nome...
Castlevania Lords of Shadows (Playstation 3 e Xbox 360)
E finalmente, o lançamento mais aguardado e controverso da série. Anunciado dois anos atrás, Lords of Shadows inicialmente não foi mostrado com o nome "Castlevania", e Dave Cox, responsável pela produção do jogo, ficou muito espantado por não terem percebido que era um jogo da série. Castlevania Lords of Shadows tem como intenção dar um "reboot" à série; Cox e sua equipe simplesmente descartaram toda a cronolgia criada até então, e fizeram um jogo baseado principalmente em Super Castlevania 4, mas totalmente em 3D. Os fãs, entretanto, estavam divididos: será que a atitude de Cox foi errada, e descartar mais de vinte anos de história era viável, ou foi correta, e Castlevania precisava mesmo de um novo "gás"? Para muitos a fórmula já estava gasta e a cronologia continha furos demais, enquanto para outros Castlevania é um jogo clássico demais, como Megaman, e jamais deveria ter sua estrutura inicial mudada (existe até uma comunidade chamada Castlevania: 1986 - 2009, como que declarando o "Rest in Peace" da série, com o anunciamento do novo jogo...). Castlevania sem o Vampire Killer (no lugar dele, uma nova arma chamada Combat Cross)? Sem a movimentação e os elementos típicos da série? Sem o estilo "Metroidivania"? Sem as músicas clássicas dos jogos?! SEM DRÁCULA?!? E ainda por cima, com o "Solid Snake" posando de Belmont? Pra piorar, os primeiros vídeos liberados do novo jogo não mostravam muitas novidades para os jogos em geral; muito do que foi mostrado inicialmente lembrava muito jogos como God of War e Shadow of the Colossus, e Castlevania, como já vimos nesta série, sempre foi um jogo famoso por trazer inovações para o mundo dos videogames. Com este prequel de Lords of Shadows, que não parecia trazer nenhuma novidade (exceto a adaptação aos novos tempos) e ainda tira grande parte do classicismo da série, não é de admirar o quanto os fãs estavam tensos... Entretanto, é preciso dizer isto: eu, como fã incondicional da série, sempre disse simplesmente que o melhor era esperar pra ver. Excluindo todos os "defeitos" (que não são necessariamente defeitos), os vídeos liberados até agora de Lords of Shadows mostra um jogo muito bem trabalhado, com gráficos mais bonitos que qualquer outro jogo da série (e, apesar dos boatos, Dave Cox falou que vai sim ter muitos elementos dos jogos antigos, entre fases clássicas e músicas). Os que testaram a versão Beta garantiram que o jogo valia a pena (mas será que eles eram fãs doentes de Castlevania ou apenas uns "carinhas contratados"?), e que iria empolgar os jogadores. Bem, empolgar ele já havia empolgado, restava saber se iria satisfazer a nós, fãs maníacos e doentes da série... das duas uma, ou Lords of Shadows iria realmente dar o novo gás que Castlevania precisa e merece, ou iria mesmo acabar de vez com a série. O jogo finalmente foi lançado, na semana passada e o resultado... controvérsia. Sem sombra de dúvida, Lords of Shadows ainda está no período de teste por parte dos players, e a comunidade gamer se encontra bastante dividida; alguns aceitaram bem as mudanças do novo jogo (teve gente que até mesmo o considera melhor que God of War), outros nem tanto, enquanto muitos torcem para que este seja apenas um spin-off, assim como Order of Shadows e Judgement (inclusive, muitos repetem a mesma coisa que dizem sobre os Castlevanias de Nintendo 64, que é melhor ver este como um jogo não-Castlevania). Apenas numa única coisa todos os fãs de Castlevania concordam: o jogo é incrível. Os gráficos, sons e jogabilidade estão muito além de todos os jogos anteriores, a mecânica de jogo é totalmente nova (embora tenha semelhanças com outros jogos, pra variar...), mas o que mais impressiona é como a história foi trabalhada; mais do que a maioria dos jogos da série, a história de Lords of Shadows é extremamente complexa (o que pra muitos não é qualidade, devido à complexidade), com altos elementos de drama e terror. Dave Cox contou com uma ótima equipe e altos recursos para a produção deste game, mas mais do que isso, teve ainda a supervisão direta de ninguém menos que Hideo Kojima (criador da série Metal Gear e Snatcher) ; em sua primeira semana de lançamento, Lords of Shadows já é estimado por muitos como um dos Castlevanias que terá mais vendas de todos os tempos (conta-se até que irá chegar na marca de um milhão de vendas)! E até boatos de sua continuação são alardeados aqui e ali... Seja bem aceito ou não, seja oficial ou spin-off, seja um reboot ou apenas uma cortina de fumaça do Dave Cox, ninguém pode discordar da qualidade de Lords of Shadows como um game da nova geração; resta saber se isto será o bastante para torná-lo um Castlevania digno de seu nome.
Observação: Este é o único game deste especial que vou me abster de comentar as características; a razão para isso é que antes de dar um parecer mais técnico eu quero JOGAR este (esta mini-resenha eu me basiei nos vídeos que vi do jogo, na história que li nas resenhas, estatísticas e, mais importante de tudo, nos comentários dos jogadores que li na Internet), e portanto quero ser o mais imparcial possível. Se Lords of Shadows realmente iniciar uma nova Era para a série, é o mínimo que este jogo merece.
E assim concluo este longo especial sobre a série Castlevania, mostrando o quanto seus jogos mudaram e evoluíram no decorrer da história. Mais uma vez, deixei alguns dos games de fora da lista (como o Castlevania Pachinko, um CAÇA-NÍQUEIS, e alguns remakes feitos para celular), procurando sempre priorizar os que mais contribuíram para a evolução desta que, sem dúvida nenhuma, é a minha série favorita dos games. Por esta série, agradeço às valiosas informações que obtive graças a sites como Castlevania Legends, Castlevania Wiki (onde também obtive boa parte das imagens) e ao Orkut (principalmente a comunidade Castlevania: A Obra de Arte), além claro de tudo que aprendi jogando esta longa lista de games. Nestes mais de vinte anos de história, Castlevania teve muitas mudanças em seus jogos, mas uma coisa essencial em todos eles, dos mais ousados aos mais típicos, dos mais odiados aos mais amados, dos mais antigos aos mais novos, eu espero que sinceramente nunca mude: a diversão. Longa vida a Castlevania, e que a eterna luta dos Caçadores Belmonts... continue eterna.
E finalmente, a terceira parte!
Era 128 Bits e além
Esta era foi marcada pelos muitos lançamentos de jogos de Castlevania em um curto espaço de tempo (algumas vezes era lançado mais de um jogo por ano!), principalmente para os portáteis, como Nintendo DS e PSP. Esta Era marcou muitas reviravoltas na série, tanto na história quanto na realidade, como criação e remoção de personagens, mudanças drásticas na equipe de produção e, claro, advento das novas tecnologias aos jogos, mas sempre tentando manter a tradição do nome Castlevania. Muita polêmica foi feita nesta era, e mais novas estão sendo feitas, com o lançamento do novo Lords of Shadows, talvez o mais controverso Castlevania de todos, graças à Internet. É engraçado notar, entretanto, que esta Era foi a que teve a equipe de produção que durou mais tempo (uma vez que esta equipe já tinha sido formada antes, ainda na era 32 Bits), a equipe formada por Koji Igarashi, Michiru Yamane e Ayami Kojima (além claro de outros), considerada por muitos a melhor equipe que já trabalhou com Castlevania. E mais engraçado ainda, entretanto, que esta equipe acabou de ser desfeita para o surgimento de um novo estilo de Castlevania...
Castlevania Lament of Innocence (Playstation 2)
Depois do fracasso no 3D com os Castlevanias de Nintendo 64, os fãs estavam muito inseguros com o 3D; boa parte dos jogadores gritava a plenos pulmões: "Castlevania tem que ser em 3D, senão não é Castlevania!". Koji Igarashi decidiu dar um salto no escuro e lançar um jogo em 3D da série para o ainda recente Playstation 2, e foi agradavelmente recompensado com a boa receptividade do jogo. Lament of Innocence conseguira o sucesso que os Castlevanias de Nintendo 64 não conseguiram, com uma boa jogabilidade, gráficos excelentes e o melhor, a qualidade sonora do Playstation 2. Todas as qualidades da série estão aqui, inclusive muitos detalhes vindos do estilo "Metroidivania", como mapa e o inventário de itens. Este jogo é também o primeiro da cronologia, mostrando o primeiro Belmont e também a origem de Drácula. A única reclamação dos fãs é que a tradicional torre do relógio não foi incluída neste jogo, segundo Iga porque o relógio ainda não havia sido inventado na época...
Características:
- Primeiro jogo da série para Playstation 2;
- Primeiro Castlevania 3D a alcançar boa receptividade;
- Estreia dos personagens Leon Belmont, Mathias Conqrvist, Walter Berhard, Rinaldo Gandolfi, Pumpkin e Joachim Armster;
- Inovações gráficas e sonoras superiores a todos os jogos anteriores (e mesmo alguns posteriores...);
- "Marco Zero" da cronologia, contando as origens da família Belmont, de Drácula e do chicote Vampire Killer, além da relação entre eles;
- Retorno do clima de terror gótico, o preferido dos fãs, em vez do clima de aventura;
- Exploração meio demorada (a ponto de ser tediosa em algumas partes), com muitas voltas pelo castelo;
- Primeiro jogo da série em que era possível controlar um inimigo (Joachim).
Observação: Um detalhe importante é que o lançamento simultâneo de muitos jogos no estilo de Lament of Innocence diminuiu muito o interesse dos jogadores(e pra piorar ainda mais, houve quem chegasse a chamar Lament of Innocence injustamente de "clone de Devil May Cry" ou até de "clone de God of War" (mesmo GOW tendo sido lançado dois anos depois...), e a fama de Lament pro público em geral acabou sendo ofuscada. Isto, entretanto, não diminui NADA a qualidade do jogo.
Castlevania Dawn of Sorrow (Nintendo DS)
Aria of Sorrow nem bem havia feito sucesso, e a continuação direta já havia sido anunciada para o na época recente Nintendo DS, causando grande alvoroço. Assim como acontecera com Harmony, os fãs receberam o lançamento de Dawn of Sorrow cerca de um ano depois com muito entusiasmo, e Dawn é até hoje um dos jogos mais vendidos para o portátil. Tendo o melhor que a série já tinha até agora, Dawn of Sorrow finalmente se igualava 100% aos gráficos e sons de Symphony of the Night. Entretanto, algumas modificações em relação aos jogos anteriores, tentando aproveitar os recursos do DS, acabaram por tirar grande parte da qualidade deste jogo, e os gamers acabaram divididos: "Dawn of Sorrow, ame-o ou odeie-o". O maior defeito é o uso da caneta Stylus em partes importantes do jogo (ela é necessária para fazer o desenho de um selo na tela para matar os chefes, e o jogador acabava se atrapalhando entre soltar uma mão, pegar a caneta e desenhar o selo num curto espaço de tempo, tendo ainda que lidar com a possibilidade de errar o desenho e ter de enfrentar o chefe de novo e de novo, até desenhar corretamente pior ainda pra quem joga por emulador, já que o selo precisa ser feito com o mouse...), unanimamente tido como o maior fail deste game. Além disso, este jogo conta com gráficos e CGs desenhadas no estilo anime (uma vez que Ayami Kojima não participou da produção), o que segundo boa parte dos fãs tira o clima da série e descaracteriza os personagens, principalmente Soma Cruz.
Características:
- Primeiro jogo da série para DS;
- Retorno dos personagens e jogabilidade (com o sistema de poderes e magias) de Aria of Sorrow, além de referências aos jogos anteriores, uma das maiores ausências de Aria;
- Estreia dos personagens Celia Fortner, Dario Bossi e Dmitrii Blinov;
- Estreia do sistema para dois jogadores simultâneos, via conexão por cabo; entretanto, isto só era possível após terminar o jogo uma vez. Este sistema foi aperfeiçoado no jogo seguinte;
- Muitas melhorias em relação às versões para GBA;
- Uso inadequado da Stylus;
- Sistema de jogo alternativo (após zerar) interessante, que remete à jogabilidade de Castlevania III, inclusive com controle de mais de um personagem simultâneo e por dois jogadores, ainda por cima.
Castlevania Curse of Darkness (Playstation 2)
Tentando repetir o sucesso de Lament of Innocence, Curse of Darkness foi lançado, com gráficos ainda melhores que o anterior, desta vez com outro personagem principal e trazendo de volta um dos Belmonts mais populares entre os fãs: Trevor! Infelizmente, Curse of Darkness não foi tão bem sucedido quanto Lament, mas dos jogos em 3D da série, ele costuma ser o segundo favorito dos jogadores.
Características:
- Gráficos e Sons um pouco mais trabalhados que o anterior, além de jogabilidade avançada (tentando competir com God of War);
- Estreia do personagem Hector;
- Sistema de criação de armas e combinação de itens avançado para o estilo (lembra muito o sistema de Onimusha);
- Jogabilidade linear, diferente dos jogos anteriores; em vez de poder explorar livremente qualquer fase disponível (como em Lament, que vinha com cinco fases abertas e os Metroidivanias), o jogador precisa avançar fase por fase;
- Possibilidade de se jogar com Trevor em 3D.
Castlevania Portrait of Ruin (Nintendo DS)
A esperada continuação de Bloodlines foi finalmente lançada para o DS, com história em plena 2ª Guerra Mundial (e com várias referências à guerra). Portrait of Ruin corrigiu a maior parte dos erros de Dawn (principalmente o uso da Stylus, que não era mais obrigatório) e trouxe mais algumas inovações importantes para a série, além de revelações importantes da cronologia. Infelizmente, os detalhes gráficos de seus dois antecessores (Dawn of Sorrow e Bloodlines) que mais desagradaram os fãs também estavam de volta, como os gráficos em estilo anime e os cenários "coloridos demais". Este é, talvez, o mais bem trabalhado dos Castlevanias de DS (embora não seja tão querido quanto Order of Ecclesia), além de ser o mais longo (Iga sempre menciona a enorme quantidade de segredos deste jogo).
Características:
- Primeiro Castlevania para dois jogadores simultâneos (era necessária uma conexão por cabo entre dois DSs) desde o início do jogo;
- Primeiro com controle de dois personagens simultâneos (mesmo com apenas um jogador) desde o início do jogo;
- Primeiro jogo da série lançado para um videogame portátil a possuir dublagens em versão inglesa;
- Estreia dos personagens Johnathan Morris, Charlotte Aulin, Stella Lecarde e Loretta Lecarde;
- Melhorias no sistema de jogo "Metroidivania", com novos poderes, habilidades, armas e itens, além de magias simultâneas entre os dois personagens (HOLY LIGHTNING!);
- Primeiro jogo da série em que o "carinha do chicote" podia usar outros tipos de armas além do chicote como arma principal;
- Retorno de Richter e Maria como personagens jogáveis;
- Além de Michiru Yamane, este jogo contou com a distinta presença de Yuzo Koshiro na produção da Trilha sonora; pra quem não o conhece, Yuzo foi responsável pelas trilhas sonoras de alguns dos maiores sucessos dos games, como Streets of Rage, Revenge of Shinobi, Actriser, Sonic, Shenmue e muitos outros.
Castlevania Order of Shadows (Celular)
Não, este não foi o primeiro Castlevania de celular (o primeiro foi justamente um remake do Castlevania original), mas com certeza é o que foi feito com mais dedicação. Um detalhe interessante é que a história deste jogo foi mudada de última hora, para incluir a família Belmont, e o personagem Gryff LaRue acabou virando Desmond Belmont(supostamente, filho de Soleyu).
Características:
- Primeiro Castlevania exclusivo para celular;
- Estreia dos personagens Desmond Belmont, Zoe Belmont, Dolores Belmont, Rohan Krause e Giovanni;
- Não é considerado parte da cronologia oficial.
Castlevania Order of Ecclesia (Nintendo DS)
Lançado no mesmo ano de Castlevania Judgement, Order of Ecclesia acabou sendo o grande lançamento do ano. Cansado das críticas, Iga decidiu fazer um jogo atendendo quase todos os clamores dos fãs da série: Order of Ecclesia é desenhado num estilo mais gótico (pra quem não sabe e critica: ainda é mangá, mas com outro traço, simplesmente), traz todas as qualidades dos dois jogos anteriores para DS (exceto o modo para 2 jogadores), é um dos jogos mais difíceis da série e finalmente, uma protagonista mulher na série. Shanoa realmente foi quem salvou a cabeça da Konami com este jogo (devido ao fracasso de Jugement), e ela é hoje uma das personagens mais populares da série (e bem que podia ter sido incluída no Top 10 - Gatas aqui do Museum...).
Características:
- Estreia dos personagens Shanoa, Albus e Barlowe;
- Primeiro jogo da série em que o Vampire Killer não aparece de nenhuma forma;
- Aperfeiçoamentos no sistema "Metroidivania", com fases fora do castelo (como no jogo anterior);
- Dificuldade elevada ao nível dos Castlevanias de Nes;
- Sistema de magia e poderes inovador (ligeiramente baseado no sistema de Souls de Aria e Dawn), com ataques totalmente baseados na barra de MP;
- Primeiro Castlevania da cronologia a ter uma protagonista mulher.
Castlevania Judgment (Nintendo Wii)
E Castlevania chega aos jogos de luta! Para ser impiedosamente apedrejado pelos fãs! Castlevania Judgement foi outro salto no escuro de Iga, mas desta vez ele pulou direto num espinheiro... com movimentação e gráficos em 3D, retorno de quase todos os personagens populares da série (cadê o Richter, fdp?!), possibilidade de finalmente jogar com os vilões (entre eles Drácula e Morte!), além de ter como designer gráfico ninguém menos que Takeshi Obata (artista responsável pelas séries Hikaru no Go e Death Note), Judgement tinha tudo para ser o grande lançamento do ano... exceto o fato de ser um jogo de luta! Embora tenha sua cota de fãs, a imensa maioria dos players achou Judgement uma piada de muito mau gosto, ou no mínimo um grande fail (ou esclerose) do Iga. Pra piorar, embora feitos por um artista tão conceituado, não há um jogador que não compare os desenhos dos personagens em Judgement com os personagens de Death Note, com alguns agravantes (o Simon, de um "Conan de chicote" como era desenhado nos jogos antigos, virou um Light Yagami emo bombado! E a Maria virou a Misa criança!). Judgement não chega a ser exatamente um jogo ruim, na verdade é um jogo de luta razoável com gráficos e músicas incríveis, mas o fato de fugir muito do padrão da série serviu para torná-lo, talvez, o mais impopular e o mais xingado.
Características:
- Primeiro jogo de luta da série (e espera-se, o último...);
- Estreia de muitos personagens novos (entre eles Aeon e Time Reaper) ;
- Retorno dos personagens mais populares de Castlevania: Simon e Trevor Belmont, Alucard, Maria Renardt (criança), Sypha Belnades, Cornell, entre outros (CADÊ O RICHTER, FDP?!);
- Reaproveitamento de personagens de jogos quase esquecidos (como Galamoth de Kid Dracula e Cornell de Legacy of Darkness);
- Possibilidade de interação com o jogo Order of Ecclesia, através de conexão externa;
- Ódio mortal dos fãs da série...
Castlevania: The Arcade
Este foi um jogo que surpreendeu bastante os players; depois do malfadado Judgement, ninguém esperava jogar um Castlevania com controle interativo (tipo o Wiimote) que tivesse qualidade... mas jogaram! Ao menos no Japão e na Europa... lançado exclusivamente para o Arcade, a máquina deste jogo possui um controle com estilo muito parecido com o do Wiimote, três personagens e, o que é mais incrível, totalmente em 3D e em primeira pessoa! Uma pena nunca ter chegado aqui por estas bandas...
Características:
- Primeiro Castlevania em primeira pessoa;
- Primeiro Castlevania 3D (de aventura) para dois jogadores;
- Lançado apenas na Europa e no Japão;
- Primeiro Castlevania a ter possibilidade de escolha entre três personagens logo no início;
- Estreia dos personagens Vampire Hunter, Lady Gunner e Little Witch;
- Primeiro Castlevania em que os personagens principais não têm nome...
Castlevania Lords of Shadows (Playstation 3 e Xbox 360)
E finalmente, o lançamento mais aguardado e controverso da série. Anunciado dois anos atrás, Lords of Shadows inicialmente não foi mostrado com o nome "Castlevania", e Dave Cox, responsável pela produção do jogo, ficou muito espantado por não terem percebido que era um jogo da série. Castlevania Lords of Shadows tem como intenção dar um "reboot" à série; Cox e sua equipe simplesmente descartaram toda a cronolgia criada até então, e fizeram um jogo baseado principalmente em Super Castlevania 4, mas totalmente em 3D. Os fãs, entretanto, estavam divididos: será que a atitude de Cox foi errada, e descartar mais de vinte anos de história era viável, ou foi correta, e Castlevania precisava mesmo de um novo "gás"? Para muitos a fórmula já estava gasta e a cronologia continha furos demais, enquanto para outros Castlevania é um jogo clássico demais, como Megaman, e jamais deveria ter sua estrutura inicial mudada (existe até uma comunidade chamada Castlevania: 1986 - 2009, como que declarando o "Rest in Peace" da série, com o anunciamento do novo jogo...). Castlevania sem o Vampire Killer (no lugar dele, uma nova arma chamada Combat Cross)? Sem a movimentação e os elementos típicos da série? Sem o estilo "Metroidivania"? Sem as músicas clássicas dos jogos?! SEM DRÁCULA?!? E ainda por cima, com o "Solid Snake" posando de Belmont? Pra piorar, os primeiros vídeos liberados do novo jogo não mostravam muitas novidades para os jogos em geral; muito do que foi mostrado inicialmente lembrava muito jogos como God of War e Shadow of the Colossus, e Castlevania, como já vimos nesta série, sempre foi um jogo famoso por trazer inovações para o mundo dos videogames. Com este prequel de Lords of Shadows, que não parecia trazer nenhuma novidade (exceto a adaptação aos novos tempos) e ainda tira grande parte do classicismo da série, não é de admirar o quanto os fãs estavam tensos... Entretanto, é preciso dizer isto: eu, como fã incondicional da série, sempre disse simplesmente que o melhor era esperar pra ver. Excluindo todos os "defeitos" (que não são necessariamente defeitos), os vídeos liberados até agora de Lords of Shadows mostra um jogo muito bem trabalhado, com gráficos mais bonitos que qualquer outro jogo da série (e, apesar dos boatos, Dave Cox falou que vai sim ter muitos elementos dos jogos antigos, entre fases clássicas e músicas). Os que testaram a versão Beta garantiram que o jogo valia a pena (mas será que eles eram fãs doentes de Castlevania ou apenas uns "carinhas contratados"?), e que iria empolgar os jogadores. Bem, empolgar ele já havia empolgado, restava saber se iria satisfazer a nós, fãs maníacos e doentes da série... das duas uma, ou Lords of Shadows iria realmente dar o novo gás que Castlevania precisa e merece, ou iria mesmo acabar de vez com a série. O jogo finalmente foi lançado, na semana passada e o resultado... controvérsia. Sem sombra de dúvida, Lords of Shadows ainda está no período de teste por parte dos players, e a comunidade gamer se encontra bastante dividida; alguns aceitaram bem as mudanças do novo jogo (teve gente que até mesmo o considera melhor que God of War), outros nem tanto, enquanto muitos torcem para que este seja apenas um spin-off, assim como Order of Shadows e Judgement (inclusive, muitos repetem a mesma coisa que dizem sobre os Castlevanias de Nintendo 64, que é melhor ver este como um jogo não-Castlevania). Apenas numa única coisa todos os fãs de Castlevania concordam: o jogo é incrível. Os gráficos, sons e jogabilidade estão muito além de todos os jogos anteriores, a mecânica de jogo é totalmente nova (embora tenha semelhanças com outros jogos, pra variar...), mas o que mais impressiona é como a história foi trabalhada; mais do que a maioria dos jogos da série, a história de Lords of Shadows é extremamente complexa (o que pra muitos não é qualidade, devido à complexidade), com altos elementos de drama e terror. Dave Cox contou com uma ótima equipe e altos recursos para a produção deste game, mas mais do que isso, teve ainda a supervisão direta de ninguém menos que Hideo Kojima (criador da série Metal Gear e Snatcher) ; em sua primeira semana de lançamento, Lords of Shadows já é estimado por muitos como um dos Castlevanias que terá mais vendas de todos os tempos (conta-se até que irá chegar na marca de um milhão de vendas)! E até boatos de sua continuação são alardeados aqui e ali... Seja bem aceito ou não, seja oficial ou spin-off, seja um reboot ou apenas uma cortina de fumaça do Dave Cox, ninguém pode discordar da qualidade de Lords of Shadows como um game da nova geração; resta saber se isto será o bastante para torná-lo um Castlevania digno de seu nome.
Observação: Este é o único game deste especial que vou me abster de comentar as características; a razão para isso é que antes de dar um parecer mais técnico eu quero JOGAR este (esta mini-resenha eu me basiei nos vídeos que vi do jogo, na história que li nas resenhas, estatísticas e, mais importante de tudo, nos comentários dos jogadores que li na Internet), e portanto quero ser o mais imparcial possível. Se Lords of Shadows realmente iniciar uma nova Era para a série, é o mínimo que este jogo merece.
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E assim concluo este longo especial sobre a série Castlevania, mostrando o quanto seus jogos mudaram e evoluíram no decorrer da história. Mais uma vez, deixei alguns dos games de fora da lista (como o Castlevania Pachinko, um CAÇA-NÍQUEIS, e alguns remakes feitos para celular), procurando sempre priorizar os que mais contribuíram para a evolução desta que, sem dúvida nenhuma, é a minha série favorita dos games. Por esta série, agradeço às valiosas informações que obtive graças a sites como Castlevania Legends, Castlevania Wiki (onde também obtive boa parte das imagens) e ao Orkut (principalmente a comunidade Castlevania: A Obra de Arte), além claro de tudo que aprendi jogando esta longa lista de games. Nestes mais de vinte anos de história, Castlevania teve muitas mudanças em seus jogos, mas uma coisa essencial em todos eles, dos mais ousados aos mais típicos, dos mais odiados aos mais amados, dos mais antigos aos mais novos, eu espero que sinceramente nunca mude: a diversão. Longa vida a Castlevania, e que a eterna luta dos Caçadores Belmonts... continue eterna.
9 comments:
Um clássico, q marcou e sempre marcará gerações.
"Castlevania tem que ser em 3D, senão não é Castlevania!". Acho que o certo seria "Castlevania tem que ser em 2D, senão não é Castlevania!". :D
Light Yagami emo bombado!! Eu ri muito alto e pensei o mesmo :D
Caraca, não sabia que tinha jogo de luta da série! Bizarro...
Baixei a demo do Lords of Shadows no PS3 e curti bastante. Gráficos e sons muito bacanas, jogabilidade idem à de God of War, mas não dá pra dar um parecer jogando apenas a demo...
PQP, um Castlevania de luta? E eu achando que o jogo de dança do Mario era bizarro!
só joguei o Castlevania Curse of Darkness PS2 e é muito fodaaaa \Õ/
eu vi o treiler desse Lords of Shadows ja faz um bom tempo e curti bastante...
WTF?!!!!!!!!
nem sabia que existia jogo de luta,eu achava que Judgement era o fim da picada!
só uma contradição sua... vc disse no post anterior que tinha a Sonia Belmont que era a primeira protagonista mulher e agora colocou a Shaona como a primeira
by_ano: não foi bem assim, eu disse que a Sonia foi a primeira protagonista mulher de Castlevania(a Sypha surgiu antes, mas como personagem secundária em Castlevania 3); já a Shanoa foi a primeira protagonista mulher DA CRONOLOGIA, pq Koji Igarashi não considerou o game Castlevania Legends(da Sonia) como sendo parte da cronologia da série. Ficou claro agora?
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