Perfil: Nintendo
Estréia (nos games): 1979, com o portátil Game & Watch
Maior sucesso: o console NES/Famicom, lançado no japão em 1983
Último lançamento: o portátil 3DS, lançado em julho de 2011
Falar da Nintendo é como falar da história dos jogos em geral e não só eletrônicos, pois a empresa, pasmem, tem mais de 100 anos! Ela foi fundada por Fusajiro Yamauchi em 1889, e desde a época apostava em jogos, pois seu primeiro produto foram cartas de Hanafuda, um tipo de baralho japonês. E foi com esse jogo que a Nintendo iniciou a moda de aliar marcas famosas a jogos, pois em 1950 Hiroshi Yamauchi, neto de Fusajiro, conseguiu uma parceria com a Disney para estampar Mickey & Cia. nas cartas produzidas pela empresa.
Infelizmente, tempos difíceis aguardavam a Nintendo: após os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964, a procura por jogos de cartas cai em todo o Japão. Esse fator, aliado a desastrosos negócios feitos por Hiroshi (entre eles um "arroz instantâneo" que seria feito nos moldes do macarrão lamen, mas que ninguém gostou), tudo isso levou a Nintendo à beira da falência.
No início da década de 1970, ao ver empresas como Atari e Bandai fazendo sucesso com os arcades ela entra para o ramo, mas faz pouco sucesso. No final da década, surge o primeiro grande sucesso da empresa, e como toda grande idéia, ele surgiu por acaso: recém contratado pela empresa, o engenheiro eletrônico Gunpei Yokoi estava num trem a caminho de Tóquio quando viu um homem mexendo numa calculadora. Ele imaginou, então, que poderia usar o
esquema de botões e visores de cristal líquido para colocar os jogos eletrônicos no bolso dos jogadores, e dessa idéia surgiram os Game & Watch. A novidade vira coqueluche no mundo todo, e dá à Nintendo fama e fundos suficientes para se reerguer.
O segundo grande sucesso da empresa surgiu das cinzas de um fracasso: o último arcade da empresa, Radar Scope, vendeu muito pouco e seus gabinetes ficaram entulhando o estoque da Nintendo. Para aproveitar tanto hardware que sobrava, chamaram um então desconhecido designer para criar outro jogo para aqueles gabinetes: Shigeru Miyamoto. Ele teve a idéia de mostrar um jogo onde um carpinteiro salvava sua namorada de um gorila enfurecido, e assim nasceu Donkey Kong, o jogo que elevaria a Nintendo ao patamar de grande empresa de jogos e que, numa tacada só, lhe daria dois de seus mais famosos personagens, o próprio Kong e Mario, que se tornaria o mascote da empresa.
Em 1983, a Nintendo lança o Famicom, console que faria história, mas o fato de ter sido lançado no mesmo ano do famoso "Crash da Atari" fez com que ele ficasse praticamente restrito ao Japão. Curiosamente, dois anos depois a própria Atari foi procurada pela Nintendo quando esta decidiu levar seu console aos EUA, mas os americanos, achando que videogame era coisa do passado, recusaram a parceria. A Nintendo insiste, com um arriscado plano de garantir a devolução do dinheiro a quem comprasse o console e não gostasse. O que poderia ser uma tática kamikaze mostrou ser uma decisão acertada, pois o Nintendo Entertainment System (versão americana do Famicom que logo foi apelidado de NES) tomou de assalto a América, a tal ponto que o agora encanador Mario superou em fama ninguém menos que Mickey Mouse! Esse jogo, aliado a grandes sucessos como Metroid e Castlevania, não só recuperou a indústria americana de games do crash de 1983 como a colocou numa ascensão que dura até hoje e está longe de acabar.
No fim da década de 1980 a empresa reinava praticamente sozinha, pois as concorrentes como a NEC (que fabricava o PC Engine) e a Atari (que já começava a se arrastar, tentando fazer alguém comprar seu 7800) nem chegavam perto das vendas do NES. Foi aí que a SEGA cansou de ver seu Master System apanhar e lançou seu sucessor, o Mega Drive, em 1988. Vendo que o cansado Nintendinho não era páreo para a novidade, a Nintendo resolveu partir também para os 16 bits e lançou seu Super Famicom/SNES em 1990. Estava inaugurada a Era de Ouro dos games, com Nintendo e SEGA se digladiando pela liderança no mercado. Para muitos, a década de 1990 foi a melhor em matéria de videogames, pois a acirrada competição emtre essas duas gigantes fazia a qualidade dos jogos superar, e muito, o que o hardware da época permitia.
No fim da Era de Ouro, as empresas já davam seus primeiros passos na nova geração, os 32 bits. Em 1994 a SEGA já tinha o Saturn e a estreante Sony fazia muito barulho com o primeiro Playstation, mas a Nintendo apenas prometia um novo console (o racha entre Nintendo e Sony, que gerou o PSX, atrapalhou e muito a empresa). Enquando as concorrentes cresciam, a empresa se focava no portátil Game Boy, a obra prima de Gunpei Yokoi, lançado cinco anos antes. Nos 32 bits, a empresa fez um único lançamento: o "portátil" Virtual Boy, que se tornaria o mais retumbante fracasso de uma empresa de games. Estava mais do que na hora da empresa entrar na nova geração.
O que a Nintendo fez foi tentar pular os 32 bits e inaugurar a geração 64 bits: seu Nintendo 64 era o mais potente console que alguém poderia ter, mas acabou cometendo um pecado mortal: o sucesso do Playstation ensinou o mundo que o CD era a mídia ideal para jogos, e o N64 insistia nos cartuchos. Isso era bom para os jogadores, que ficavam livres das odiosas telas de loading, mas péssimo pras softhouses, pois os cartuchos eram muito mais caros e armazenavam dez vezes menos dados que os CDs da concorrência. Resultado: a maioria das desenvolvedoras preferia mandar seus jogos para a concorrência, deixando o N64 a ver navios. Assim, pela primeira vez a Nintendo perdia a liderança do mercado.
Na geração seguinte, que veria a derrocada da SEGA e seu Dreamcast, a Sony quase monopolizando o mercado com seu PS2 e o rugido de Bill Gates com seu XBox, a Big N e seu GameCube (enfim com mídia ótica) assumiam um papel quase que de coadjuvantes. Todos pensavam que a empresa jamais teria de volta a glória do passado. O que ninguém contava é que, anos depois da era pré-games, a empresa saberia novamente como se reerguer das cinzas da derrota.
O primeiro passo do renascimento da Nintendo veio com o DS, portátil lançado em 2004. Sua tela sensível ao toque mostrou aos japoneses que era possível fazer sucesso com uma jogabilidade diferente do tradicional "direcional e botões", e ele acabou servindo de laboratório para uma verdadeira revolução: o novo console da empresa, Wii, tinha uma jogabilidade tão incomum quanto seu nome, com um controle que reconhece os movimentos do jogador e os transmite à tela com uma eficiência nunca vista antes. Desde o Atari não se via a família toda jogando videogame, e a Nintendo passou de coadjuvante a líder de mercado, trazendo jogadores de volta tanto pelos títulos divertidos e casuais quanto pelo fato do console rodar quase toda a biblioteca da Nintendo, do NES até os dias de hoje. E por mais que Sony e Microsoft tentem a centenária Nintendo tão cedo não sairá do topo, pois desde o início a empresa se preocupa em criar games divertidos. E, pra nossa alegria, quase sempre ela consegue!
CURIOSIDADES SOBRE A NINTENDO
- Assim como a maioria dos fãs, os "nintendistas" defendem a Big N com fervor quase religioso. Talvez isso se deva ao fato do nome da empresa ser um provérbio japonês que significa "deixe seu destino para o céu";
- O nome do mascote da empresa veio de Mario Segalli, italiano que era o dono do imóvel onde a Nintendo montou seu primeiro escritório nos Estados Unidos. Myiamoto, ao conhecê-lo, percebeu que ele era bem parecido com Jumpman, o herói de seu jogo Donkey Kong.
- A Nintendo desde o NES teme a pirataria mais que qualquer coisa, mas já foi processada por plágio! Os estúdios de cinema Universal City alegaram que o personagem Donkey Kong era uma cópia do famoso King Kong, e o jogo era inspirado no filme (pra quem não conhece, o gorila do cinema também sequestra uma jovem loira e a leva pro topo de um prédio). No fim do caso, a Nintendo foi absolvida e pode continuar usando o gorila engravatado em seus games.
11 comments:
Eu gosto muito da Nintendo, Nes, Super Nes, 64, entre outros foram video-games muito bons e com ótimos jogos, Mario pra mim é e sempre vai ser o maior ícone dos games, mas, sei lá, eu não gosto do Wii, DS, etc.
eu gosto só (dos consoles atuais)dos video games da Sony, PS2 e PS3, pra mim é só, nem o PSP e outros portateis me agradam, não sei explicar, mas sempre que vejo algo da Nintendo, me dá uma vontade de jogar um SNES.
Mas valeu por tudo Nintendo.
Só não queria ver o Sonic nos consoles da Nintendo.
mas é a vida.
Concordo, eu chorei quando vi Sonic nos consoles da Nintendo... e ainda por cima, agora, dividindo um game de esportes com o antigo rival Mario!
Mesmo assim, a Big N fez(e ainda faz) parte da minha vida como gamer. Muitos de seus jogos são completamente inesquecíveis, verdadeiros clássicos, com uma qualidade que, como o Tristan disse, é voltada apenas para a diversão(nossa e dos produtore$$$). Sinto falta da velha guerra entre Nintendo e Sega, a guerra atual(Nintendo e Microsoft contra Sony) não chega aos pés... talvez por isso a qualidade dos games tenha diminuído tanto(e não, não estou falando só de gráficos). Longa Vida à Big N, que os bons tempos sejam sempre inesquecíveis e que os novos tempos tragam cada vez mais melhoras.
P.S.: Ótima análise, Tristan! Só faltaram duas coisas, na minha opinião: falar do Game Boy Advanced(que tb é de 32 bits), que afinal de contas ajudou a salvar a Nintendo na época das vacas magras, e falar do embargo que ela fez com as empresas produtoras de videogame(part do motivo do fracasso do Master System).
Ficaria legal agora um perfil da Namco.
Alguém aqui consegue jogar os games do Commodore 64? Eles são uns lixos.
Olá,galera do MDG será q vcs podem fazer o review dos jogos de Mega Sonic CD e Gunstar Heroes???Respondam por favor!!!
Obg!!!
@Anonimo
Pelo tanto de vezes que você pediu, a resposta é NUNCA!
Férias escolares... É foda!
ola,eu sou fa do mdg ha anos,e sempre leio os comentarios,e agora,vejo um motivo para parar de ler o site,pois sou fa desses jogos e n vejo motivo para n fazer esses reviews alem simplesmente n querer faze-los,e eu acho q vc iam quere perder um velho fa,apesar de eu perceber q esse blog ganha cada vez mais fas.
obg.
O problema não é simplismente não querer fazê-los...
Pedidos de análises são feitos no tópico na nossa comunidade no orkut.
Os visitantes não podem "obrigar" a gente a fazer as análises, mas sim fazer pedidos e sugestões. Se a gente vai fazer as análises ou não, aí são outros quinhentos!
Mas o pior de tudo não foi isso, e sim você ter pedido inúmeras vezes pelas análises em lugar indevido. Acho que apaguei uns 3 comentários seus com o mesmo texto.
Se você não quer ler mais o blog, é uma pena... Mas estamos num país livre e a escolha é sua. Assim como também é escolha minha apagar quaisquer comentários seus sobre esse tema novamente.
E esse assunto acaba aqui, não vou ficar discutindo esse tipo de coisa num post que nada tem a ver com o assunto.
mas eu nem conheço esse cara como posso ser ele
Vinicius: Na minha opinião Museum dos games e Playstation 2 Eterno, são os melhores blogs que eu conheço, valeu pessoal por nos divertir tanto escrevendo sobre games, que, depois das mulheres é a melhor coisa do mundo. Valeu mesmo.
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