Spider-Man and Venom: Maximum Carnage (Mega Drive / Super Nintendo)

sábado, 25 de fevereiro de 2023 Postado por P.A.

 Gênero: Beat 'Em-Up

 

Fabricante: LJN

 

Lançamento: 1994


Jogadores: 1 player


Recentemente resolvi assistir o segundo filme do Venom. O primeiro filme tinha sido "OK" pra mim, então fui sem grandes expectativas até porque já tinha visto algumas críticas negativas. E realmente eles conseguiram piorar... Poucos dias depois aumentei minha tortura ao assistir Morbius, e percebi que Venom 2 nem era tão ruim assim! Jared Leto, por favor pare de aceitar papéis em filmes de super-heróis, vai ser melhor pra todo mundo.

Passado esses sofrimentos nas películas, me deu vontade de jogar algum jogo que tivesse o Venom. Então eu pude perceber que só lembro de dois jogos onde o simbionte aparece. Esse da análise e sua sequência: Separation Anxiety. Ambos feitos pela LJN! A LJN era um subsidiária da Acclaim que era especializada em lançar jogos licenciados de heróis dos quadrinhos e de filmes famosos da época e ficou marcada por criar muitos jogos ruins. 

A história é contada com cenas retiradas diretamente dos quadrinhos!

O jogo é baseado no arco dos quadrinhos lançado em 1993 que também se chama Maximum Carnage (conhecido por aqui como Carnificina Total). Na história Cletus Kassady escapa da prisão Ravencroft após dominar o simbionte que o transforma em Carnificina. Ele se une a vários inimigos perigosos do Homem-Aranha simplesmente para tocar o terror em NY. Então o Homem-Aranha e Venom se unem numa improvável aliança para tentar deter Carnificina e sua gangue de vilões.

Alguns heróis também fazem parte desse arco: Gata Negra, Flama, Punho de Ferro, Deathlock, Capitão América, Morbius, Manto e Adaga. Pelo lado dos vilões além do Carnificina temos Agonia, Carniça, Duende Demoníaco além de uma versão bizarra do Homem-Aranha. 

Para encaixar todos esses personagens no jogo, a LJN decidiu colocar os heróis como "ataque especial": um ícone com o rosto de cada herói pode ser encontrado pelas fases e pode ser coletado pra ser usado quando o jogador quiser. Cada herói possui uma habilidade diferente pra te ajudar na batalha (o melhor de todos é o Manto, já que o poder dele atinge a tela toda). É legal notar que os heróis agem de formas diferentes dependendo do personagem que você estiver jogando. Por exemplo: se estiver com o Homem-Aranha e usar o poder do Morbius ele simplesmente aparece na tela voando e distrai os inimigos mas não ataca ninguém, pois ele não se dá bem com o cabeça de teia. Mas se você estiver usando o Venom e requisitar a ajuda do Morbius, ele aparece e senta a porrada em todo mundo! Pequenos detalhes mas que mostram a preocupação em dar profundidade ao jogo. Falando nisso, em alguns momentos durante as fases você pode escolher com qual personagem você quer jogar: Spider-Man é mais veloz e Venom causa mais dano. Além disso, após acertar uma sequência de golpes sem errar, sua barra de vida ficará piscando o que indica que você pode usar um golpe especial para dar cabo dos inimigos com um único hit: o Aranha usa um chute giratório enquanto Venom golpeará o chão com violência.

A jogabilidade é clássica do estilo de bater e andar. Um botão pra soco, um pra pulo e dois pra frente no direcional e o personagem pode correr. Além disso, um botão solta teia pra você se pendurar, mas sinceramente é bem inútil e você pouco irá utilizar. Ambos os personagens podem usar também a teia para puxar inimigos e golpeá-los, ou apenas lançar uma pequena teia que irá prender um inimigo por alguns segundos; ainda dá pra usar a teia para formar um escudo, mas este também é bem pouco utilizado. Um fator onde o jogo pecou é que ele não é coop, e eu sempre digo a vocês que beat 'em-ups tem que ter modo de dois jogadores, pois torna o jogo bem mais divertido (e muitas vezes mais fácil também).

Durante o jogo nós vamos enfrentar por diversas vezes os vilões em batalhas bem complicadas, pois eles quase sempre vem em duplas. O que me faz voltar no argumento do modo pra dois jogadores, que tornaria as lutas muito mais justas. Você vai ter que derrotar os vilões várias vezes ao longo do jogo, o que acaba tornado o jogo mais repetitivo e faz parecer que colocaram essas lutas apenas pra encher linguiça. Uma coisa curiosa e que não tem muita explicação é que em algumas dessas lutas existe um "macete" onde você pode usar o poder do Manto (aquele mencionado que atinge a tela inteira) e ao golpear os primeiros vilões a luta simplesmente acaba e você passa de fase, sem a necessidade de lutar contra os outros vilões que iriam aparecer. Não dá pra saber se isso é um bug do jogo ou se é algo intencional colocado lá pelos programadores como um macete pra facilitar sua vida, e se tratando da LJN, provavelmente deve ser a primeira opção!

Além de andar por aí socando todo mundo que aparece durante as fases, existem algumas poucas salas secretas escondidas. O quão escondidas? Digamos que elas realmente fazem jus ao termo SECRETAS! Simplesmente é impossível saber da existência dessas salas e de como acessá-las sem a ajuda de um detonado, por não ter nenhum sentido e nem pistas durante o jogo que possam indicar esses locais. Na segunda fase por exemplo, você tem que grudar na parede a cima de uma janela, pular e dar um chute e pronto, você é teletransportado para a sala secreta. Não tem nenhum caralho de sentido nisso e seria impossível você saber disso à menos que você tenha lido um detonado ou visto um vídeo na internet!

Graficamente o jogo cumpre bem seu papel. Os cenários estão na média, apesar de não serem muito diversificados. O mesmo vale para os sprites dos personagens, é bem legal notar o cuidado com os heróis e vilões sendo todos bem feitos e animados. Os inimigos comuns também estão na média, apesar de também faltar variedade, mas isso é bem comum em jogos do gênero. Um ponto legal aqui é que durante as fases o jogo mostra alguns trechos dos quadrinhos do qual o jogo foi baseado pra ir contando a história.

Nas lutas contra os chefes é sempre bom contar com alguma ajudinha...

As músicas e efeitos sonoros seguem pelo mesmo caminho. Com músicas legais e empolgantes, mas que infelizmente se repetem bastante até o fim do jogo, o que acaba enjoando depois de um tempo. Os efeitos sonoros são clássicos barulhinhos de porrada quando atingem os inimigos e alguns efeitos pra quando você usar suas teias. Nada muito espetacular, mas que também não chega a prejudicar a experiência.

O jogo tem uma curva de dificuldade bem elevada. Ao longo do jogo os inimigos vão aumentando em quantidade e sempre tentando de cercar pra te encher de porrada, além das já mencionadas lutas contra chefes que são bem chatinhas. Se você souber a localização das salas secretas, onde pode coletar vidas extras e power-ups e/ou souber usar os bugs das lutas à seu favor para escapar de alguns confrontos, então acredito que você não terá muitos problemas para terminar o jogo. Mas caso você seja apenas um jogador casual querendo passar algumas boas horas numa tarde de jogatina, provavelmente esse jogo vai esfregar sua cara no chão e te fazer arremessar o controle na parede. 

Esse cartucho teve uma tiragem em vermelho tanto no Mega Drive quanto no SNES o que certamente ajudou a atrair a atenção dos jogadores na hora de comprar ou alugar! 


NOTA FINAL: 7,0

APESAR  DA DIFICULDADE ELEVADA E DE SE TORNAR UM POUCO REPETITIVO, MAXIMUM CARNAGE É UM BOM JOGO. PRINCIPALMENTE SE LEVARMOS EM CONTA QUE FOI FEITO PELA LJN!

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