Piores capas de jogos! [32]

domingo, 24 de fevereiro de 2013 Postado por P.A.

Depois de longos meses meditando pra encontrar a paz interior, eu finalmente volto a postar no blog. É mentira minha, eu estava com preguiça mesmo...
Mas pra compensar tanto tempo afastado, eu volto com mais uma parte da nossa quase interminável - e bizarra - saga das piores capas de jogos. Hoje uma edição especial... Só capas bizarras com animais! E não citarei apenas cinco capas, como de costume, citarei logo dez, pra compensar a espera... Porque eu sei que vocês estavam com saudades de mim! *abraço coletivo*
Então vamos às "Piores capas de jogos Especial: animaizinhos".


Family Farm - PC
A vida no campo é tranquila não é mesmo?
Longe do caos e da confusão da cidade grande, cultivando seus alimentos e cuidando dos seus bichinhos. Temos a família perfeita que cuida com muito amor e carinho da sua fazenda... Mas tem algo errado aqui. Por trás dos rostos de pessoas amorosas dos camponeses, uma terrível verdade está oculta. Nós certamente seríamos enganados facilmente, mas os animais não... Eles presenciaram algo terrível. Como eu sei disso? Basta ver o olhar estampado em seus rostos...
Fazendinha da tensão!

Os animais estão tensos, sabem que algo não esta certo nessa fazenda! O que poderá ter acontecido pra deixar os animais pilhados desse jeito:
a) Eles estão preocupados, pois serão os próximos a entrarem na panela;
b) Eles sofreram abusos dos fazendeiros e agora estão fadados a traumas e consultas no psicólogo pelo restos de suas miseráveis vidas;
c) Eles estão "estralados" desse jeito, pois acabaram de voltar de uma rave na fazenda vizinha;
d) Eles presenciaram um terrível assassinato na fazenda do goleiro Bruno.
...
Nunca saberemos a verdade, mas fica a dica: sempre que encontrar uma família feliz e supostamente perfeita, desconfie. Esse negócio de família perfeita non ecsiste!


 Illusions - Colecovision
Lá está você na loja correndo os olhos pela prateleira pra ver em qual jogo vai gastar seu suado dinheirinho... Eis que você vê uma capa com lagartos escorregando pela escada coberta por um líquido verde que caiu de um balde no topo. Você gastaria sua grana nisso?
No jogo você é uma geléia saltitante que fica pulando por cenários isométricos, ou algo do tipo... Não vi lagartos nem baldes com líquido verde no jogo. A única coisa em comum entre jogo e capa, são as escadas.


 Winning Post 3 - Playstation
Vocês sabem que os japoneses são muito malucos... "Malucos à que ponto?" Você deve estar se perguntando.
E eu lhes respondo: malucos à ponto de sair passear com seus cavalos-anões na coleira.
Como é de se imaginar, esse é um jogo sobre corridas de cavalos. Ok, até aqui tudo normal. O que não é normal é colocar coleira nos cavalos; e pior que isso, são cavalos em tamanho miniatura. Sério mesmo Japão?
Ou talvez a menina mascarada com roupa de colegial - que diga-se de passagem tem tudo a ver com corridas de cavalos - esteja no modo Megazord. O que explicaria o fato da discrepância de tamanho dos envolvidos nessa capa. De qualquer maneira, nunca conseguiremos entender o que se passa na cabeça dos japoneses...


Mister Mosquito - Playstation 2
Novamente o Japão e suas bizarrices.
Em Mister Mosquito, você controla um pernilongo (sim eu fui o Mister Óbvio agora) que tem que picar a família Yamada e estocar muito sangue pro rigoroso inverno que está chegando. Eu não inventei isso, essa é a moral do jogo.
O que mais me intriga nem é a merda da história, muito menos o fato do pernilongo ter dois parafusos na cabeça e estocar sangue em cápsulas. Não, isso é fichinha. O mais intrigante é de quem foi a idéia de fazer um jogo assim? Se o pernilongo tem dois parafusos na cabeça, pros criadores do jogo faltam parafusos...
E por incrível que pareça, Mister Mosquito recebeu uma continuação, e uma capa mais ridícula ainda...
 
E lá está você novamente olhando pela prateleira e depois de desistir de tentar entender o jogo dos lagartos escorregando na escada, se depara com um jogo onde tem um pernilongo na cara de uma japonesa. Ninguém gosta de pernilongos, caralho! POR QUE ALGUÉM COMPRARIA UM JOGO ASSIM?


Shepherd's Crossing - Playstation 2
Mais um belo dia no campo, céu azul, pássaros cantando; ótima oportunidade pra cuidar da sua plantação.
Então lá está você focado em seu trabalho quando você tem aquela sensação estranha de que está sendo observado. Ao olhar pro lado, sua suspeita se confirma. Você está mesmo sendo observado e...
Mas que porra é essa?
Estamos sendo observados por um pato! Mas não é  um pato qualquer, é um pato com chapéu de palha e uma cesta em suas costas, com uma garrafa de vinho nela.
Não sei vocês, mas me senti bem desconfortável com essa cena. Imagina você se dar conta que tem um pato com uma garrafa de vinho parado do seu lado, só te observando?


Remington Super Slam Hunting North America - Wii
Pensa numa bagunça... Pensou?
Aposto que não chegou nem perto da bagunça dessa capa. Os caras simplesmente espalharam várias fotos de animais em seus habitats aleatoriamente, enquanto dois homens apontam seus rifles pra qualquer lugar, afinal é difícil saber em quem atirar primeiro. Tem trocentos bichos na sua frente!
Tá uma suruba essa capa!
Pior que isso só o nome do jogo... Imagina você contando pra alguém o que você tá jogando?
"-E aí cara, tá jogando o que?"
"-Ahh tô jogando Remington Super Slam Hunting North America the books on the table dangerous in love so much joel santana's feelings in the middle ronald mc donald x-bacon egg david guetta in the air!"
Até você acabar de falar o nome inteiro do jogo, seu amigo já dormiu. Ahhhpáporraaaa!


Canada Hunt - Wii
Mais um jogo de caça... E mais uma vez, uma montagem de dar inveja! Um primor de imagem.
Ainda bem que está incluso o bônus dos alces e do peru mal desenhados. Tantos animais pra se caçar e eles escolhem o peru como bônus...
Esse sim vale a compra!


Gummy Bears Minigolf - Nintendo DS
Santo Deus, por onde começar?
Tem tanta coisa errada aqui... Tudo bem, é um jogo voltado ao público infantil, então vamos deixar de lado o fato da capa ser bem colorida com animaizinhos, mas fica a dúvida: por que misturaram tantas coisas sem nexo algum?
Dois ursos jogadores de golfe, um sapo que precisa ser beijado pra virar príncipe, um ovo sentado num baú cheio de moedas e um carangueijo que fugiu da praia.
Sem falar que os ursos estão empalhados. Olha o urso que está jogando, ele tá todo duro.
E é impressão minha ou o urso vermelho está flutuando?


All Round Hunter - Xbox 360
Será esse um jogo onde os animais deixam de lado suas diferenças - afinal era pro urso estar devorando o alce - pra olhar pra gente e ficar gritando?
O urso pode estar gritando porque deve ter dado um mal jeito no pescoço, pela forma como ele está virado...
Detalhe pro pato solitário ao fundo. Pelo menos ele não está olhando pra gente e gritando.



 Tokyo Jungle - Playstation 3
Eu preciso falar sobre os japoneses?
Tokyo Jungle é um jogo que se passa no futuro e não há mais ninguém vivo e o jogador deve entrar na pele de algum animal e lutar por sobrevivência, devorando outros animais nessa luta diária da nossa vida.
O enredo é bizarro, mas o problema maior é que poderiam ter colocado qualquer animal mais feroz que indicasse isso... 
Poderia ser um urso, um leão, um tubarão andando no asfalto de Tóquio (vindo dos japoneses seria possível), até os cavalos-anões da capa acima, qualquer um, seria bem mais ameaçador que esse projeto de cachorro. 
Eu tenho um ódio mortal por cachorros pequenos, como poodles, pinscher e afins. São os piores tipos de cachorros, pois tem um latido ardido e ainda gostam de encrencar com cachorros muito maiores.
P.s.: eu não fazia idéia de como se escrevia pinscher (amém Google).




E essa foi mais uma parte das piores capas de jogos!
As outras edições:
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6
Parte 7
Parte 8
Parte 9
Parte 10
Parte 11
Parte 12
Parte 13
Parte 14
Parte 15
Parte 16
Parte 17
Parte 18
Parte 19
Parte 20
Parte 21
Parte 22
Parte 23
Parte 24
Parte 25
Parte 26
Parte 27
Parte 28
Parte 29
Parte 30
Parte 31
See ya!


Ignition Factor (Dicas)

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013 Postado por Azrael_I

Localização dos Itens:

1º Nível
Pygmalion Productions: O lockbox está no canto superior esquerdo da segunda sala do escritório de Lucy, o first-aid kit é dado a você por Lucy, e o antique vase está no canto inferior direito da mesa à esquerda, na sala onde estão Ann e Chris.
Bradshaw Steel Mill:  O keycard está na parte superior da sala ao lado da sala com o computador e a dinamite está no canto inferior direito do contêiner de ferro derretido localizado mais à esquerda da fase.

2º Nível
McGlone Mine: O watch é dado pelo último trabalhador que for resgatado, a gold bar está no canto esquerdo da sala próxima a ele (precisa usar o explosivo plástico) e o fossil está na pequena área da esquerda depois dos três buracos.
Whitney Appliances: O keycard está na sala aonde se ativam as portas vermelhas, entre os dois computadores, os papers estão na sala aonde está a pessoa que pede para achar o engagement ring, e o engagement ring está no canto inferior esquerdo da sala do boiler (o "chefe" de fase, a máquina que fica pegando fogo e soltando raios).
Dino Park: O keycard está a nordeste da primeira vítima a ser resgatada, logo acima da exibição, e o artifact está no canto inferior esquerdo do segundo mostruário de ovos.

3º Nível
Paris Mine: O artifact está no canto inferior esquerdo da sala aonde se resgata o primeiro trabalhador, a gold bar está no canto inferior direito do buraco maior (é preciso usar o croqui para localizar o buraco), e a dinamite está logo depois da entrada da área onde está o Jeff.
Shylock Center: O keycard está no canto inferior esquerdo da sala grande com os cubículos, e o watch está no canto superior direito da sala de conferência (conference room).
Gemini Towers: A pintura está entre as duas plantas na parede ao norte da entrada.


Acessar a Missão Secreta:

Depois do 3º Nível (que é dividido em três missões) existe ainda mais uma missão secreta chamada DM Headquarters: essa missão é uma homenagem da Jaleco a outros de seus games (principalmente a série Rushing Beat), é muito mais difícil que todas as outras. Para acessá-la, é preciso simplesmente fazer pelo menos 5000 pontos em todas as outras missões juntas (recomendo pegar todos os itens das fases).

Itens do DM Headquarters: O primeiro keycard é dado pelo capitão, o outro está próximo ao canto superior esquerdo do centro da sala cheia de tanques da sala mais ao norte. Os papéis são dados pela última vítima resgatada.


Passwords:

2º Nível (Missões McGlone Mine, Whitney Appliances e Dino Park) : 8SK4 400Q 9606 D192

3º Nível (Missões Paris Mine, Shylock Center, Gemini Towers): 8T10 D07Q TWDB J193

Nível Secreto (DM Headquarters): XV10 P0!4 LND9 Z403


Pular as Fases:

2º Nível (Missões McGlone Mine, Whitney Appliances e Dino Park): Segure o botão R no controle 2 e aperte Start no controle 1 na tela-título

3º Nível (Missões Paris Mine, Shylock Center, Gemini Towers): Segure o botão L no controle 2 e aperte Start no controle 1 na tela-título

Nível Secreto (DM Headquarters): Segure L e R no controle 2 e aperte Start na tela-título
Plataforma:


The Ignition Factor (Snes)

domingo, 17 de fevereiro de 2013 Postado por Azrael_I

Gênero: Ação


Fabricante: Jaleco


Lançamento: 1994


Jogadores: 1



"Ok, people, let's save some lives!"

Feliz Ano-Novo, pessoal! Após muito tempo estou de volta (chega de deixar o Tristan segurando sozinho as pontas no Blog), para falar de um jogo que teve forte influência na minha vida pessoal: Ignition Factor. Ignition Factor (Fire Fighting, no Japão) é um dos poucos games que existem cujo tema são os bombeiros; não apenas isso, é também um game muito bom. No papel de um bombeiro, o jogador deve passar por diversas missões em locais diferentes da cidade (supostamente Nova York), resgatando pessoas e combatendo incêndios, ou até mesmo ajudando outros bombeiros com problemas.

No meio de um incêndio, cuidado pra não ficar sem água

O game é dividido em estágios, que por sua vez têm duas ou mais missões; no começo de cada estágio o jogador deve escolher qual missão quer fazer primeiro, sendo obrigatório passar por todas as missões para ir para o estágio seguinte. A jogabilidade é simples e intuitiva, mas bem trabalhada, o personagem pode andar ou correr numa perspectiva quase isométrica (a visão da tela lembra bastante o esquema do game Metal Gear), além de usar seus equipamentos nas missões, chutar portas e pular (sendo que, na verdade, estes dois últimos comandos são bem pouco usados no game); os principais comandos são o uso dos equipamentos primário e secundário, um para o botão Y e outro para o botão A. O jogador possui um inventário como os dos RPGs em que ele coloca os equipamentos que devem ser escolhidos antes de cada missão: extintores de água para os diferentes tipos de fogo (químicos e elétricos), bombas de CO2 para apagar grandes áreas de fogo, explosivos plásticos para abrir passagens, corda para transpor buracos, machado para arrombar portas, croqui para verificar pisos que quebram, equipamento de respiração para missões em lugares cheios de fumaça e gás... Dependendo da missão, certos equipamentos são obrigatórios (o extintor de água em incêndios e o equipamento de respiração em missões com áreas cheias de gás), entretanto não é recomendado levar muitos equipamentos porque o peso deles torna o bombeiro incapaz de correr (o que é fatal por causa do tempo das missões) e incapaz de pegar itens que encontrar pelo chão.

  
Primeiro estágio: salvar primeiro as pessoas da loja de manequins ou da fábrica?


Um fator negativo na jogabilidade é que fica meio difícil controlar o bombeiro quando ele corre (apertar o botão direcional duas vezes na direção que se quer correr), o que em geral faz ele parar no meio do fogo, literalmente se queimando. O bombeiro tem um medidor de saúde que mostra o quanto ele pode se queimar, machucar em quedas ou receber danos por ficar sem ar; esse medidor começa no número 64 e diminui até zero com os ferimentos, mas este valor pode aumentar no decorrer do game, de acordo com a experiência ganha; o jogador ganha experiência no final das fases, de acordo como realizou as missões: tempo, quantidade de pessoas salvas além do mínimo requerido (salvar 8 pessoas numa missão em que deveria salvar 7, por exemplo) itens que encontrou, quanto do incêndio apagou etc., mas perde experiência se os itens que encontrar forem danificados. Se o medidor de saúde chegar a zero ou se o tempo acabar antes que resgate todas as pessoas, o jogador perde um continue (nada de vidas, como na vida real você só possui uma...) e deve reiniciar a missão. É possível também andar lateralmente segurando o botão R, e o mesmo botão serve para ver o fogo escondido nas áreas. Alguns equipamentos como extintores, bombas e o tanque de Oxigênio também possuem um medidor que diminui à medida que se usa; embora o extintor de água recarregue sozinho, os demais equipamentos só podem ser recarregados por algum dos outros bombeiros que esteja na fase (e nem todos recarregam os equipamentos, pra piorar). É possível também trocar equipamentos e itens com os outros bombeiros para diminuir a carga ou pegar algum equipamento que não foi colocado no inventário no começo da fase.

 
Após concluir as missões, receba seu prêmio: o aplauso da multidão!
 
Além dos equipamentos, no começo de cada missão o jogador recebe avisos dos outros bombeiros sobre como é a missão, sugestão de que equipamentos usar (por exemplo, se vai ser necessário o extintor de fogo elétrico), ver o mapa do local, quanto tempo ele tem para realizar a missão e quantas pessoas deve salvar. Além disso ele também pode escolher por qual lado o caminhão de combate a incêndio irá atuar (o que na verdade não é muita vantagem, caso não se conheça a fase, uma vez que se nunca passou pela fase o jogador não sabe em qual lado da fase tem mais fogo... Bola fora da Jaleco, já que o lado em que o caminhão atua não pode ser mudado no meio da missão), sendo que durante a missão o jogador  pode pedir ajuda do caminhão até três vezes e é bom economizar, já que a tendência é o incêndio aumentar próximo do fim do tempo se o jogador se ligar apenas em salvar as vítimas e não apagar muito do fogo. Apertando Start mostra o inventário e Select um mini-mapa do local da missão, com a localização aproximada de possíveis vítimas (mas nem todas as vítimas aparecem; em algumas fases, como na fábrica de manequins, é preciso procurá-las usando o jato de água nos manequins). As missões são bem variadas, cada fase é bem diferente da outra e obriga o jogador a raciocinar antes de agir, não é só "chegar, apagar o fogo e salvar as pessoas" nas fases é preciso até mesmo resolver alguns mini-puzzles para seguir adiante e salvar as vítimas.

O "detalhado" mapa no seu Computador do Milhão, marca Grapentosh


Quanto aos gráficos, estão simplesmente ótimos; assim como acontece no game de True Lies, a perspectiva é de vista superior "à lá Metal Gear": o jogador pode controlar o personagem em todas as direções (cima, baixo, esquerda, direita) ou mesmo andar inclinado, além de subir e descer escadas e pavimentos (ou até cair em buracos). Os rostos dos personagens estão desenhados num estilo próximo ao das HQs americanas e os sprites estão bem realistas (na medida do possível para 16 Bits), mais uma vez lembrando os gráficos de True Lies. As fases estão bem desenhadas e retratam bem os cenários, nada espetacular, mas detalhado o suficiente para o jogado identificar as construções. O ponto negativo, entretanto, são os itens que o jogador encontra: embora os itens apareçam no inventário (ocupando espaço e diminuindo a velocidade do bombeiro), eles não aparecem nas fases, de modo que fica muito difícil e fora de mão (por causa do tempo) procurá-los; é claro, não existem muitos itens nas fases e eles nunca mudam de lugar nem são obrigatórios para concluir as missões (exceto alguns específicos), mas não mostrá-los chega a ser um erro, só é possível encontrar os itens quando o personagem passa por cima do local em que o item está ou encontra a pessoa certa que tem o item (que, além das vítimas, pode até ser um dos outros bombeiros).

Preste atenção nas mensagens do rádio, soldado


A parte sonora também ficou excelente; existem poucas músicas e a maioria não toca durante as fases (talvez para aumentar a tensão, quando o tempo está acabando toca uma música rápida, além do tema que sempre toca antes de cada fase), o destaque vai mesmo para os efeitos sonoros. Como quase tudo neste game, os efeitos sonoros estão bastante realistas, principalmente as vozes: sendo um jogo feito quase no fim da vida do Snes, Ignition Factor já tinha falas para alguns personagens (nada no nível de Star Ocean, mas bem claras e audíveis). Os demais sons também estão no mesmo nível, como as explosões, o barulho do fogo queimando, da água do extintor...

Chamando todos os carros!

Ignition Factor é, então mais um game único lançado para Snes: jogabilidade original, desafiante, com bons gráficos e músicas... Bastante realista, ainda mais para um game de 16 Bits, o maior destaque de Ignition Factor é o fato de o game ressaltar que combater os incêndios não é o mais importante na profissão de um bombeiro, e sim SALVAR VIDAS! Embora tenha sido lançado quase no fim da vida do Snes, Ignition Factor continua sendo um game bastante interessante, não apenas por usar a temática dos bombeiros de forma realista, mas também por sua qualidade, muito acima de outros games de ação. Ah sim, ninguém vira bombeiro só de jogar este game, a vida real é bem mais difícil... Aqui você só tem uma vida para salvar a dos outros.

A capa japonesa; bem mais legal né?


NOTA FINAL: 10,0
OUTRO GAME RARO  DO SNES, QUE DEMONSTRA A REAL CAPACIDADE DO CONSOLE; ENCARNE A DURA PROFISSÃO E BRADE O LEMA DOS BOMBEIROS: VIDAS ALHEIAS, RIQUEZAS SALVAR!
Plataforma:


Mônica no Castelo do Dragão (Master System)

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013 Postado por Tristan.ccm



Gênero: Ação / Plataforma


Fabricante: Sega / Tec Toy


Lançamento: 1991


Jogadores: 1 player





Se não fosse a Tec Toy a história da Sega no Brasil seria bem diferente. Afinal, o suporte dado pelos brasileiros fez com que o Master System, que no Japão apanhava feito vaca na horta (by P.A.), alcançasse algum sucesso. Ao contrário do NES, representado no Brasil por clones dos mais variados (Phantom System, Dynavision, Turbo Game e afins), o console 8 bits da Sega veio ao nosso país em sua versão oficial e com suporte da Sega.

A parceria com a Tec Toy fez tanto sucesso que jogos em português começaram a aparecer. Após a tradução de Phantasy Star, a empresa decidiu que seria uma boa lançar jogos com personagens brasileiros, porém produzir um jogo do zero no Brasil na década de 1990 estava fora de cogitação. A solução encontrada foi pegar um jogo estrangeiro que fosse relativamente desconhecido por aqui e transforma-lo. O jogo escolhido foi Wonder Boy in Monster Land, conversão do arcade que não estava indo muito bem no exterior e um ilustre desconhecido em terras tupiniquins.

O personagem escolhido para substituir Wonder Boy não poderia ser melhor: Mônica, simplesmente o personagem brasileiro mais famoso dos quadrinhos, que com certeza estava vivo no coração da maioria esmagadora das crianças brasileiras. Sou um dos muitos que tiveram os famosos gibis de Maurício de Souza como primeira leitura da vida. Com isso, aliado a uma campanha massiva de marketing (que incluiu até uma HQ da turminha baseada no game), nasceu o primeiro jogo brasileiro da história.

O enredo era meio forçado: Mônica foi convocada para salvar a Terra dos Monstros do Capitão Feio, inimigo da turminha que invadiu o antes pacato mundo e o encheu de poluição. Para isso, ela depende tanto de sua arma principal, o coelho Sansão, quanto de equipamentos comprados em lojas. A mecânica lembra um pouco o Zelda 2 de NES. Mônica é bem fácil de controlar, porém o alcance de Sansão é bem limitado, obrigando você a se aproximar muito do inimigo para atacar (talvez se desse para arremessa-lo como nos gibis...). Some isso ao fato da defesa da dentuça não ser das melhores e você tem um jogo difícil até mesmo para gamers mais hardcore, imagine as crianças que ganharam isso de natal!

Outra coisa que atrapalhou o jogo foi o fato do Master ter o botão de Start no console. Você coleta ou compra armas auxiliares durante o jogo, mas como faltavam botões no joystick para elas definiram o direcional para baixo como botão de sub-weapons. Juro que nunca mais reclamo do Cima + B de Castlevania, pois nesse jogo a solução foi muito, muito pior! Não é raro você por instinto apertar pra baixo quando um inimigo atira e gastar uma bomba de limpeza à toa! Se tivesse um Start ou um Select no joystick, os programadores teriam com certeza uma opção melhor pra isso.

Mas o sal na ferida, sem sombra de dúvidas, é o fato do jogo não ser nem um pouco intuitivo. Eu cheguei no final com muito custo (se você se tornar ou for um programador de games, por favor, nunca, NUNCA, faça a última fase ser um labirinto que me joga pro começo quando eu erro o caminho, isso não dá!), e enchi o chefe final de coelhadas sem sucesso.Depois de muito insistir, descubro na Internet que eu devia ter feito 6584136 coisas antes daquilo, e guardado minhas magias pro dragão! Ninguém no jogo me falou nada disso, os NPCs são mais inúteis que os de Castlevania 2! Agora volte a 1991 e pense num moleque que alugou o jogo na locadora, sem manual, e jogou na cara e na coragem que nem eu. Frustração manda um abraço! Isso chega a ser pior que o fato do jogo não ter save nem password e você só ter uma mísera vida!

Isso me leva à seguinte conclusão: Wonder Boy in Monster World era um jogo hardcore para jogadores hardcore. Transforma-lo num joguinho para crianças foi uma péssima idéia. Sim, a Tec Toy encheu o rabo de dinheiro com esse jogo e suas sequências, teve até um Master System rosa que vinha com ele na memória, mas o que eu vi ao jogá-lo foi um game difícil, pouco intuitivo e com aquele recurso patético de deixar metade do game num manual de papel, cujo destino ou é a lata do lixo ou o fundo da gaveta. Num jogo cheio de NPCs falando merda, isso é pecado mortal. Se não fosse por isso, com certeza a aventura em 8 bits da baixinha gorducha seria muito mais agradável e nem um pouco frustrante.


NOTA FINAL: 7,5
O PRIMEIRO JOGO DA MÔNICA FOI UM SUCESSO, PENA QUE NINGUÉM ZEROU DEVIDO À DIFICULDADE E À FALTA DE INFORMAÇÃO. QUEM ESCREVEU OS DIÁLOGOS EM PORTUGUÊS DO JOGO MERECE UMA COELHADA!
Plataforma: