Desert Strike - Return to the Gulf (Mega e Snes)

quinta-feira, 31 de maio de 2012 Postado por Azrael_I

 
Gênero: Simulador de Guerra/Ação


Fabricante: Eletronic Arts


Lançamento: 1992


Jogadores: 1





"Warning! Low fuel!"

Entre 1990 e 1991 aconteceu a Guerra do Golfo (durante o governo do então presidente George Bush, o pai... tal pai, tal filho...), que na mídia da época chegou a ser chamada de "Videogame War" por causa das imagens transmitidas pelos bombardeiros americanos durante a Operação Tempestade no Deserto, que lembravam os games de simulação. Não vou entrar na polêmica da guerra (mesmo porque violência nos games e fora deles é assunto pra um outro post) mas, verdade seja dita, a Guerra do Golfo acabou inspirando alguns bons games. E um dos melhores é justamente o primeiro game da série Strike (que eu mencionei no top 20 melhores games de Mega Drive), lançado inicialmente para Mega e depois portado para Super Nintendo e outros consoles.

Atacando um acampamento inimigo

 Em Desert Strike: Return to the Gulf (Ataque no Deserto: Retorno ao Golfo; acho que nunca vi um game com referências tão explícitas...) o jogador controla um helicóptero Apache para cumprir as missões, destruir bases, armas e veículos inimigos e resgatar prisioneiros. Mike Posehn, o game designer principal, disse que se inspirou bastante no game Choplifter (que, aliás, também vale uma resenha futura), que também é um simulador de helicóptero e guerra em que se deve resgatar prisioneiros; entretanto, enquanto Choplifter tinha uma perspectiva horizontal - ou seja, de um lado pro outro - os sprites de Desert Strike foram todos modelados em 3D para pôr o game em perspectiva isométrica (dando aos jogadores a sensação do 3D no game). A história é ligeiramente baseada na verdadeira Guerra do Golfo: um ditador chamado Kilbaba "The Madman" toma o controle de um estado não-nomeado na região do Golfo (ou seja, do mesmo jeito que Saddam Hussein invadiu o Kwait; o próprio Kilbaba é bem parecido com o Saddam) e os Estados Unidos enviam um único mísero helicóptero para destruir o exército e as bases de Kilbaba. Pois é, neste game, os States têm ainda menos respeito pelo ditador que na vida real (já que na vida real eles pelo menos enviaram o exército inteiro). 

O ditador Saddam Kilbaba "The Madman"

Não há muito mais o que dizer sobre a parte gráfica, exceto que este é, sem dúvida, um dos jogos com os melhores gráficos da época (o melhor do Mega, com certeza, naquele ano). Mike Pohsen teve que tirar leite de pedra com a resolução reduzida do Mega Drive (320x240) para deixar o game do jeito que queria e mostrar o máximo possível da tela sem reduzir a qualidade gráfica... Todos os objetos, veículos, máquinas e construções estão muito detalhados e realistas; os mapas das fases, embora sejam parecidos com os de Sim City, cumprem bem sua função (além de serem enormes), com inimigos e coisas escondidas espalhados por todos os lados. Além disso, Desert Strike conta ainda com ótimas cutscenes e animações, o que só realça ainda mais o realismo do game.

Contra um tanque

A jogabilidade é no começo complicada para os novatos (e foi ainda mais complicada pra quem jogou na época); diferente da maioria dos outros games de helicóptero e nave até então, e do próprio Choplifter, o direcional imita os movimentos de um manche de verdade, ou seja, direcional pra direita e esquerda faz o helicóptero girar em sentido horário e anti-horário, enquanto que direcional pra cima faz o helicóptero avançar na direção que sua frente estiver apontando, e direcional pra baixo o faz recuar. Essa jogabilidade dificulta bastante no início (fácil demais fazer o helicóptero bater em tudo que tiver na tela), mas se torna bem intuitiva depois de se acostumar. O helicóptero Apache conta com três tipos de armas: metralhadora, foguetes e mísseis. Saber economizar munição, combustível e blindagem, além dos próprios itens espalhados nas fases (aqui chamadas Campanhas) é essencial nas missões (alguns inimigos têm a blindagem tão forte que só podem ser destruídos com mísseis). O jogador decola de uma base num ponto do mapa e deve cumprir todas as missões; terminadas as missões, ele deve retornar à base para ir para a próxima Campanha; parece fácil, mas acreditem, it's hard... A tela de pausa mostra o inventário do jogador, onde ele vê o mapa geral da fase com as localizações de pontos estratégicos, itens, inimigos e o que mais for, o guia de missões, de inimigos e o próprio status; na tela de jogo não há nenhum indicativo das condições do jogador, embora costume soar um alerta quando há pouco combustível ou blindagem (no caso da falta de munição, em vez do barulho de tiro o jogador ouve um "click" de arma vazia), e isto acaba pegando os jogadores menos cuidadosos que esquecem de ver o status. 


Morri! F#@$%!

Porém, a jogabilidade não é a única dificuldade: existem poucas vidas, a blindagem do helicóptero é bem fraca (uma dúzia de mísseis e o helicóptero explode), o combustível é limitado (sem combustível o helicóptero cai e explode) e os inimigos são todos MUITO fortes, mesmo os homens a pé; além disso, os itens são bem raros (principalmente blindagem; felizmente, resgatar prisioneiros e levá-los à base também recupera energia) e devem ser pegos com o gancho (posicionando o Apache em cima do item, o gancho desce automaticamente), o que acaba fazendo o jogador gastar bastante tempo (azar se estiver com pouco combustivel; já morri várias vezes com os galões no gancho...). A quantidade de inimigos e missões impressiona, chega a ser covardia a dificuldade das fases... Embora as missões tenham uma ordem fixa, às vezes é possível completar algumas fora de ordem, mas não é muito aconselhável para jogadores que não tenham experiência com as fases, pois mesmo com a tela de status e missões pode ficar difícil se localizar e saber o que fazer. Caso o jogador faça algo que não deva fazer (como matar um personagem importante, ou destruir algum prédio aliado) ele é obrigado a retornar à base e recomeçar a missão do zero.

A base inicial, no navio

Todos os sons de tiros, movimentação e explosões estão bem definidos (e adequados pra quem só houve esses sons em filmes de guerra); durante as fases, nenhuma música é tocada (para não atrapalhar sons importantes nas missões, principalmente o barulho de pouco combustível e de falta de munição); existem poucas músicas, mas elas são adequadas ao game, dão aquele climão de guerra (não devem em nada a jogos posteriores, como Medal of Honor, por exemplo); destaco principalmente a música de abertura (fodônica!). Nota máxima pra sonografia, e média para a pouca quantidade de músicas.

Pois é, Bush te escolheu pra Cristo, piloto do helicóptero

Desert Strike é um game que envelheceu muito bem. Mesmo hoje em dia, com games usando o "3D verdadeiro" em vez de uma perspectiva isométrica que simula 3D, o game ainda tem gráficos capazes de impressionarem a geração atual. Sua dificuldade elevada foi proposital: Mike Posehn, o game designer, detestava a jogabilidade tradicional dos games, e por isso impôs tantas diferenças em Desert Strike em relação a seus jogos contemporâneos (e mesmo à maioria dos games atuais). Chega a ser engraçado que, para um game SEM CHEFES, ele seja tão difícil... Lançado pouco tempo depois da Guerra do Golfo, Desert Strike chegou a ser apontado pela mídia da época como um game de "mau gosto" (segundo uma revista, teve até veteranos da Guerra do Golfo que queimaram cartuchos do game!); entretanto, isto não interferiu na popularidade do jogo, chegando a ser, durante muito tempo, um dos games mais vendidos da EA. É preciso levar em conta que, embora lançado logo após a guerra, a intenção dos produtores não era "promover" a guerra ou qualquer coisa relacionada a ela (principalmente matança e discriminação); é inegável porém, que o game se aproveitou da popularidade da guerra para se promover também... Entretanto, o que mais conta é que Desert Strike é auto-suficiente o bastante para, mesmo sem se apoiar numa guerra verdadeira, continuar sendo um excelente jogo.

"Que desperdício de petróleo!" - George W. Bush

Agora, uma curiosidade: em 1997 (cinco anos depois do lançamento do jogo) aconteceu o Ataque de Mísseis Cruise ao Iraque, um bombardeio feito pelos americanos; este ataque ficou apelidado com o nome de Operation DESERT STRIKE! Se é ou não uma referência ao game, já é outra história...


NOTA FINAL: 9,7
NÃO APENAS UM EXCELENTE SIMULADOR, MAS TAMBÉM UM DOS MELHORES JOGOS DO MEGA DRIVE, RECEBEU CONVERSÕES IGUALMENTE BOAS E, O QUE É MELHOR, QUATRO CONTINUAÇÕES! UMA SÉRIE QUE TEVE SEU AUGE NA ERA 16 BITS, MAIS UMA VEZ PROVANDO QUE A CAPACIDADE DO VIDEOGAME NÃO É O QUE CONTA, E SIM A COMPETÊNCIA DA DESENVOLVEDORA.
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Microsoft Flight Simulator 95 (PC)

sábado, 26 de maio de 2012 Postado por Tristan.ccm


Gênero: Simulador de vôo


Fabricante: Microsoft


Lançamento: 1996


Jogadores: 1 player



Existem diversos jogos cujo objetivo é simular a realidade. No caso desse jogo, na própria embalagem o realismo era realçado. Mas será que a realidade pode, por si só, fazer de um jogo um sucesso?

Pois bem: desde a primeira versão (pasmem, é de janeiro de 1980 e rodava no Apple II!) o simulador de vôo de Bill Gates se vende como um programa que permite aos aspirantes a piloto sentir como é comandar uma aeronave de verdade. Controlar um avião na versão que testei (uma das primeiras a ter gráficos de verdade, e não um monte de linhas na tela), que é a sexta que foi lançada, realmente depende de várias coisas bem reais: para decolar, é preciso aumentar a potência dos motores, soltar o freio de estacionamento e acelerar pela pista, igualzinho num avião de verdade. Pousar também exige que você abaixe a potência e se lembre de baixar o trem de pouso, caso contrário era uma vez sua nave. Porém, o realismo acaba aí.

Na primeira vez que fui pousar, esqueci dos freios e passei do final da pista. Ela ficava numa espécie de ilha, e quando vi a água chegando, pensei que ia me arrebentar, mas o avião continuou taxiando... sobre as águas! É isso mesmo, o avião corre sobre qualquer superfície: água, terra, casas (apenas uma foto no chão, diga-se de passagem). Cadê a realidade agora? Foi aí que comecei a fazer testes e descobri que o jogo está a milhas da realidade: Quer dar um looping com um Boeing ? Sem problemas! Quer dar 680 Km/h num Cessna? Vai fundo!

Mas nenhuma descrição desse "jogo" seria completa sem falar de seus controles: eu tenho um joystick, e queria utilizá-lo para pilotar os aviões. Pois bem, a única coisa do joystick que funciona é o direcional: pra acionar os freios é preciso usar o teclado, e para fazer coisas como aumentar a potência e baixar o trem de pouso é preciso usar o mouse! Vai lembrar de tudo isso na hora de pousar numa pista escura! E o tal "realismo" na hora do pouso é uma piada de mal gosto: fui pousar um Boeing e, no meio-termo entre largar o joystick e usar o teclado pra acionar os freios, o avião quicou feito uma bola e voltou a voar, aí fui pegar o joystick pra tentar consertar e ele despencou, pois os motores estavam em baixa potência (que eu deveria ter aumentado com o mouse!). Qual a dificuldade que a Microsoft tinha em colocar um botão "configurar os controles" nesse jogo? Será que eles achavam que os jogadores poderiam se dar ao luxo de ter aqueles controles cheios de pedais, alavancas e o caralhoaquatro?

Tinha um escritor chamado Richard Bach que eu gostava muito, pois ele também era piloto de aviões e eu tinha esse sonho na minha infância. Jogando esse jogo, lembrei de seu conto "Aviação ou voar? Escolha.", onde ele falava da diferença entre pilotos profissionais e esportivos: Aviação era aquele cara que se gabava de almoçar churrasco no Rio Grande do Sul e jantar peixe num restaurante flutuante no Amazonas, tudo no mesmo dia; já Voar era o piloto cuja alegria eram os loopings, acrobacias e voos rasantes. Aplicando isso aos jogos, eu posso dizer: Flight Simulator é Aviação, se você acha Voar mais legal, vá jogar Star Fox, Sonic Wings, River Raid, etc., pois ali você pelomenos vai poder controlar o avião. Ele não vai ser realista, mas vai ser divertido!


NOTA FINAL: 4,0
FLIGHT SIMULATOR PODE ATÉ SER UM ÓTIMO SIMULADOR DE VOO, MAS JAMAIS SERÁ UM GAME DE VERDADE. COMO O PRÓPRIO RICHARD BACH DIRIA, NESSE JOGO VOCÊ NÃO PASSA DE UM MOTORISTA DE AVIÃO.
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Altered Beast (Mega Drive)

sábado, 12 de maio de 2012 Postado por Tristan.ccm

 
Gênero: Ação / Plataforma


Fabricante: SEGA


Lançamento: 1988


Jogadores: 1 a 2 players cooperativo





Você já viu aqui mesmo no blog que a SEGA, em seus tempós áureos, fez muito sucesso nos arcades. O console de maior sucesso da empresa, o Mega Drive, veio daí: ele tinha um hardware inspirado nos arcades da empresa, o que facilitava a conversão de jogos do arcade para o console. E um dos arcades de maior sucesso da SEGA, Altered Beast, se tornou um dos primeiros jogos do sistema.

O enredo era simples, como em todo jogo "estilo arcade": a filha do deus Zeus, Athena, foi sequestrada pelo demônio Neff. Para resgatar Athena, Zeus decide chamar o Seya ressuscitar um centurão e lhe dar o poder de se tranformar em criaturas mitológicas para que ele pudesse derrotar Neff.

Comparar Altered Beast com jogos mais recentes do Mega Drive é covardia, afinal trata-se de um dos jogos lançados junto com o console, onde os programadores não sabiam ainda como extrair tudo o que o hardware podia oferecer. Vale lembrar que na época do lançamento desse jogo quem reinava era o Nintendinho (tanto que 1988 foi o ano em que surgiram Super Mario Bros 3 e Contra, dois dos maiores títulos do NES), logo faz mais sentido compará-lo com o rival de 8-bits. O problema é que isso também é covardia, pois um NES jamais conseguiria fazer o que Altered Beast fazia: os gráficos, mesmo sem serem os mais belos do Mega botavam os do NES no bolso, e o jogo contava com uma trilha sonora ainda hoje muito bonita. Ele não foi o primeiro jogo a ter voz, mas ao contrário de Castlevania ele tinha frases faladas, e era possível entender perfeitamente (ou quase) quando Zeus dizia Ruáise fornô grêis "Rise from your grave" no início do jogo ou quando Neff te desafiava antes de cada batalha com um Élcom duiodum "Welcome to your doom!".

O grande problema de Altered Beast é a sua jogabilidade meio travada: não é nada fácil desviar de inimigos, principalmente os que vem voando, isso sem contar o "pulo Belmont" do protagonista. No entanto, esse é um daqueles famosos "jogos de decoreba": os inimigos sempre vêm na mesma ordem e do mesmo jeito, logo basta que você insista e decore onde ficar e vai passar de fase. Outra coisa interessante é que o chefe de fase foge de você se você não tiver pego todos os power-ups que te permitem "virar bicho", logo a fase ser ou muito curta ou mais longa depende da sua habilidade: desvie de todos os power-ups e a fase vai continuar enquanto você sobreviver, pegue todos e ela acaba em dois minutos! Taí uma coisa que a gente só vê nesse jogo e poderia ser aproveitada na geração atual pra calar a boca dos malditos críticos que reclamam por um jogo ser curto demais.

Mas apesar dos pesares, Altered Beast é um ótimo jogo de plataforma. Pode receber críticas porque "envelheceu mal" ou "é travado demais", mas marcou época por ter sido o primeiro cartucho que muitos colocaram no seu recém-comprado Mega Drive. Seja pela diversão ou pelo fator histórico, Altered Beast merece entrar na sua coleção.



NOTA FINAL: 7,7
O MEGA DRIVE COMEÇOU BEM, COM UM JOGO QUE MOSTROU AO MUNDO O QUE IRIA SER A NOVA GERAÇÃO DE VIDEOGAMES QUE ACABAVA DE NASCER. RECOMENDADO A TODOS OS FÃS DO CONSOLE IMORTAL DA SEGA!
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Piores capas de jogos! [29]

segunda-feira, 7 de maio de 2012 Postado por P.A.

E estou aqui nessa noite fria sem fazer nada... Por isso odeio o frio, é chato, tedioso e deixa a gente desanimado pra fazer qualquer coisa. A não ser dormir! Dormir muito...
Eis que resolvo dar uma olhada nas piores capas que ainda tenho salvo aqui no meu computador.
Vamos conferir o que eu achei por aqui!


Eggomania - Atari
Um urso chateado de chápeu grudado no mel.
Um pássaro com pés de pato deformados e um chifre (?).
Ovos... Muitos ovos que são botados pelo pássaro e logo em seguida arremessados de volta pelo urso.
Isso é EggoMania!
O jogo é isso, o pássaro deformado fica botando ovos e o urso pega todos eles com seu chápeu, afinal, nada melhor do que usar um chápeu pra evitar que os ovos se quebrem. Logo em seguida você se vinga, e joga todos os filhos de volta nesse puto!
Que pai é esse que arremesa seus filhos num urso por pura diversão?
Isso me gerou uma dúvida... Se eu quebrar um ovo que tem um pintinho pronto pra nascer, pode ser considerado aborto?
Assunto mamilopolêmico no blog, só pra dar audiência!


Cheap Skate - Commodore 64
E lá vai você, passeando pelas ruas de Osasco, com seu skate gigante que você roubou do Wonder Boy quando de repente...
CHHHEEEESSSUUUUSS!
Meteoros estão caindo do céu! 
Sinceramente não consegui fazer ligação alguma com as coisas desse jogo.
Já vimos nessa série quase infinita de capas bizarras, que o pessoal gosta de misturar de tudo, mesmo que não tenham ligação alguma umas com as outras! Ninjas com golf, ninjas com patinetes, bodes que atiram, velhos com banjo em jogos de naves, bodes de patinete que atiram em velhos tocando banjo num campo de golf...
E agora um rapaz num skate gigante com meteoros caindo aleatoriamente dos céus!
Acho que não falta mais nada pras capas de jogos do Commodore 64.


Solstice: The Quest for the Staff of Demnos - NES
Não querendo parecer gay demais em questionar as vestimentas do tiozinho, mas que tipo de pessoa usa uma calça azul, botas verdes e uma capa roxa?
São cores totalmente incompatíveis pra serem usadas ao mesmo tempo. Ninguém em sã consciência usaria roupas tão coloridas assim e...
Santo Deus!
Solstice estava nos antecipando da desgraça da moda colorida que estava prestes a se abater sobre nossos jovens. E dizem que os jovens são o futuro do nosso país...
Um minuto de silêncio pro nosso futuro, que já nasceu morto. Mas muito colorido!


Supreme Warrior - Sega CD/32X
Eu sinceramente não consigo entender essa obra de arte...
O cenário todo pegando fogo! Não dá pra ver absolutamente nada concreto nessa capa.
Tem uma casa pegando fogo, e no centro um rapaz no meio das chamas. Logo no canto, um rapaz com a fantasia do Kiss!
E ELE TAMBÉM ESTÁ PEGANDO FOGO!
Mas que bosta de capa onde tudo está pegando fogo.
Eu quero que o rabo do cara que criou essa capa pegue fogo também!


Silent Hill - Playstation
Geralmente as capas de jogos japonesas dão um baile nas suas versões americanas e/ou européias. Porém, pra toda regra há uma exceção. E aqui está ela...
A capa americana de Silent Hill não é nenhuma obra prima, mas é simples. Nada demais. Já sua versão japonesa é inútil.
Alguém achou que uma mancha de sangue na parede do banheiro ia representar bem o terror de Silent Hill... Vai entender né?
P.s.: Sou só eu que vejo letras no sangue? Um E ao contrário seguido por T T!


E essa foi mais uma parte das piores capas de jogos!
As outras edições:
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5
Parte 6
Parte 7
Parte 8
Parte 9
Parte 10
Parte 11
Parte 12
Parte 13
Parte 14
Parte 15
Parte 16
Parte 17
Parte 18
Parte 19
Parte 20
Parte 21
Parte 22
Parte 23
Parte 24
Parte 25
Parte 26
Parte 27
Parte 28

See ya!


[Games em Foco] Jogando sem joystick!

terça-feira, 1 de maio de 2012 Postado por Tristan.ccm

Eu estava preparando um review, mas neste fim de semana aconteceram umas coisinhas que me fizeram escrever este Games em Foco. Como já contei no primeiro VideoMuseum (nosso videocast não morreu, gente, em breve ele volta!), meu Dingoo morreu, e eu o substituí por um tablet com sistema Android. E tá na cara que a primeira coisa que instalei nele foram emuladores.

Pois bem: nesse fim de semana eu e minha esposa viajamos, e no caminho eu fiquei jogando Final Fantasy VI no emulador de GBA dele. Pra minha grata surpresa, eu não conseguia usar a habilidade Blitz do Sabin: o touchscreen não reconhece as diagonais, logo não dá pra usar as sequências que exigem isso. Pra um cara que adora dizer "hadouken!" enquanto usa o Aurabolt do Sabin, isso é falha grave!

Na hora me lembrei que li uma vez um comentário aqui no blog, de um cara que falou que o Wiimote já estava ultrapassado, graças ao "Projeto Natal" da Microsoft, que prometia fazer do próprio jogador um joystick. Cheguei a ver gente falando que o joystick estava com os dias contados. Nesse post, vou mostrar a vocês como esses substitutos ainda estão longe de substituir um bom birecional com botões.


- Touchscreen



Cuidado, senão o Hadouken pega no seu dedo!


Primeiramente, vamos ao já citado touchscreen: telas de toque são a última moda no que se refere a gadgets multimídia, como o tablet que comprei. O problema é que, em alguns casos, o touch só reconhece um toque por vez, e nos games que exigem dois toques ao mesmo tempo (como as sub-weapons de Castlevania, por exemplo) isso torna impossível jogar. Pior ainda é quando o jogo reconhece os toques errado: morri diversas vezes soltando magia em um aliado, pois o touch reconhecia direita no lugar de A, e quando eu ia arrumar ele reconhecia A no lugar de esquerda. Não era toda hora que isso acontecia, mas era irritante.

E o problema não está restrito aos pobres que compram tablets xing-ling, pois escuto reclamações nesse sentido até de quem joga games de iPhone. Mas quem mais faz propaganda negativa do touch deve ser a Rede Globo: se você é de São Paulo, acompanhe o jornal local do meio-dia (SPTV 1ª edição) que quase todo dia você poderá ver a moça do tempo apanhando do touchscreen na hora de mostrar gráficos. Se até uma emissora rica como essa tem problemas com as telas de toque, imagine nós, pobres mortais!


- Kinect



Promoção: jogue um jogo e ganhe uma dor pelo resto do dia inteiramente grátis!


Esse é o resultado do já citado Projeto Natal: uma câmera que capta os movimentos do jogador e os envia para o jogo. Tomei contato com o sistema no litoral, mais precisamente no Extra do Litoral Plaza Shopping, onde um XBox com Kinect estava disponível para teste. O jogo era Dance Central 2 (a música foi essa mesma do vídeo), e decidi testar. Primeira enxaqueca: levei quase dez minutos só pra começar a jogar, pois o menu não funciona direito: é preciso mover a mão direita pra cima e pra baixo pra escolher o ítem e pra esquerda pra selecioná-lo, mas ao mover a mão pra esquerda, ele simplesmente ignorava! A segunda enxaqueca é a jogabilidade em si: um boneco na tela se movia, e minha missão era companhá-lo. Não tenho um físico de dançarino, logo eu mal conseguia reproduzir os movimentos. Pulei e rodei os braços por uns três minutos, e no final ganhei apenas um elogio da mina que eu seguia na tela e uma dor na perna que me acompanhou pelo resto do dia!

O interessante disso tudo: quando acabou a música, minha esposa estava rindo à toa! Ela nunca gostou de me ver jogando (e fez um bico tremendo quando cheguei perto do XBox), mas daquele jogo ela gostou e só não dançou também pois não tem a mesma cara-de-pau do marido (outro defeito: jogar via Kinect é um mico!). E isso me fez ver o objetivo do Kinect: ele foi feito para os NÃO-GAMERS! Apesar da menina na tela ter me dito que eu estava aprovado eu não o aprovo, pois por mais que o sistema corrija as imperfeições do jogador (eu tirava "Bom" toda hora, mesmo parecendo um hipopótamo dançando), pra mim lugar de dançar é na balada, não na frente da tevê!


- Wiimote e PS Move



Apontar e mirar. Simples assim!


Um dos poucos controles alternativos que eu gostei, apesar de só ter jogado uma vez. Joguei o boliche do Wii Sports nele, e foi exatamente como jogar boliche na vida real: controle pra frente, solte o botão e ver a bola indo virtualmente.

Porém, o menu aqui era fácil por um motivo simples, o Wiimote é um JOYSTICK, e tem o que faltou pra mim no touch e no Kinect: os bons e velhos botões! E o mesmo posso dizer do PS Move: joguei Time Crisis 4 com ele, e a sensação é a mesma de jogar House of the Dead no arcade: mirar na tela e atirar, e puxando um gatilho real! Minha única ressalva é o fato do Move exigir uma câmera para funcionar, enquanto o Wiimote é um fim em si mesmo.

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Com isso, o que posso dizer é que, apesar de ter concorrentes, o joystick nunca vai morrer, pelo menos enquanto as telas de toque não melhorarem e as câmeras continuarem a confundir. Eu posso estar me tornando um velho ranzinza, mas por enquanto não tem sensor de movimento ou tela resistiva que me faça trocar meu bom e velho direcional. Concorda? Discorda? É só comentar! Abraços e até o próximo post!
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